A tragédia que assolou o Estado há um ano não se trata de um desastre natural, mas consequência de fragilidades estruturais e falhas na gestão de risco. É o que aponta o estudo As enchentes no Rio Grande do Sul – Lições, desafios e caminhos para um futuro resiliente.
Lançado nessa quarta-feira, 30, pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), o levantamento evidenciou problemas na manutenção dos aparatos para proteção contra cheias. Somados aos alertas ineficazes, ampliaram os estragos, além de comprometer a segurança da população.
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A partir da apuração, foi possível constatar que as inundações registradas entre 30 de abril e 1º de maio de 2024 foram o maior desastre natural da história do Rio Grande do Sul. O documento apontou ainda que foi um dos eventos hidrológicos extremos mais devastadores já registrados no Brasil.
Conforme o estudo, o País, sobretudo os estados da Região Sul, mais suscetíveis a inundações, precisa se preparar para eventos nunca antes vistos e que estão se tornando cada vez mais frequentes. Entre as medidas necessárias, destacou o acompanhamento do clima e dos níveis dos rios como a primeira linha de defesa, permitindo o planejamento de ações em momentos de crise. “Um monitoramento mais robusto e inteligente é necessário para lidar com o futuro mais crítico e incerto”, indica a publicação.
Outra defesa está no meio ambiente. Isso porque, segundo o levantamento, a manutenção das várzeas torna-se a principal solução pela natureza para amenizar as consequências das inundações. E diante da projeção da mudança climática com chuvas mais intensas, é necessário que as estruturas sejam reavaliadas para tornarem-se mais resilientes ao novo cenário do Estado.
Para saber
Conforme os boletins sobre o impacto das chuvas emitidos pelo governo gaúcho, 478 dos 497 municípios foram afetados, impactando cerca de 2,4 milhões de habitantes. Estima-se que 15 mil quilômetros quadrados ficaram submersos, o que resultou em 183 mortes e 27 desaparecimentos, além de 806 feridos. Com milhares de casas danificadas ou destruídas, aproximadamente 146 mil pessoas acabaram desalojadas e 50 mil sem abrigo.
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