Finalistas liderados pelas ‘ícones’ Camila Brait e Dani Lins

Capitãs dos finalistas, Camila Brait e Dani Lins são as principais líderes, respectivamente, de Osasco São Cristóvão Saúde e Sesi Bauru. As duas estarão em quadra, em lados opostos, na quinta-feira (1/5) em duelo válido pela decisão da Superliga Feminina 2024/25. O confronto entre os times paulistas acontecerá no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, às 15h45. A líbero é, disparada, a maior referência do time osasquense, já que defende as cores do clube há 17 temporadas, desde 2008/09. Já a levantadora também tem relação de identificação com a equipe bauruense, pois veste o uniforme da agremiação do interior de São Paulo de forma ininterrupta a partir de 2019/20.

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Camila Brait e Dani Lins não são apenas capitãs e líderes de suas equipes. As duas também já atuaram juntas em Osasco e pela seleção brasileira. Além disso, elas possuem também forte relação de amizade. E dá pra ir além, pois não são só amigas de longa data. Elas são comadres, com a defensora sendo madrinha de Lara, filha da levantadora. Já a camisa 3 do Sesi Bauru é madrinha de Romeu, segundo filho da líbero e número 18 do Osasco. Em exclusiva ao Olimpíada Todo Dia (OTD), os técnicos Luizomar de Moura e Henrique Modenesi ressaltaram a importância das duas jogadoras para suas equipes. O treinador osasquense chamou sua principal defensora de ‘fenômeno’. Já o comandante bauruense deixou claro que sua levantadora é o ‘coração da equipe’.

O ‘privilegiado’ Luizomar

A relação de Luizomar com Camila Brait é quase de pai e filha. Foi ele que, assim que chegou em Osasco, fez de tudo para contratar a então jovem líbero que atuava em São Caetano. E ela precisou ser convencida por ele, que acreditava mais no potencial dela do que ela mesma. “Sou um privilegiado por ter a Camila Brait do meu lado há tanto tempo. A predisposição dela em construir esse Osasco sempre me encantou. A Brait sempre está disposta a me acompanhar em qualquer que seja o desafio. Muitas vezes ela abriu mão da folga dela para me acompanhar na visita a um patrocinador, para me acompanhar em algum evento que pudesse, de alguma forma, trazer para Osasco algum retorno”, contou o treinador, que também apontou as virtudes dela dentro de quadra.

“Ela trabalha muito bem dentro de quadra. Para mim, se não for a melhor líbero de todos os tempos, está entre as melhores de todos os tempos. Eu acho que a Camila Brait é um fenômeno dentro de quadra pela plasticidade do seu jogo. É uma jogadora que parece que faz tudo de forma fácil. Você vê a Camila Brait e parece que ela não faz tanto esforço para as coisas acontecerem. Isso é tempo de bola e boa colocação. Ela está sempre bem posicionada e no momento certo. Além disso, como falei, ela tem esses atributos de fazer o possível para me ajudar e contribuir com a equipe e as companheiras. É uma mãe que deixa os dois filhos em casa em prol desse amor que ela tem pelo vôlei e por Osasco”, finalizou Luizomar sobre sua atleta.

‘Levantadora imprevisível’

No entanto, o privilégio de Luizomar não parou por aí. “Eu também tive o privilégio de trabalhar com a Dani Lins, que enfrentou alguns problemas agora na fase final da Superliga. Nós rezamos e torcemos muito por ela e acho que foi um grande presente para ela estar em mais uma final de Superliga. Sou um privilegiado por ter trabalhado com as duas e viver esse momento com as duas e que vença a melhor equipe. Dani Lins é uma levantadora que dispensa comentários, com um jogo extremamente versátil e imprevisível. Precisamos estar muito concentrados para tentar neutralizá-la”, destacou Luizomar.

Dois ‘ícones’ para Modenesi

Assim como Luizomar, Henrique Modenesi também exaltou Dani Lins e Camila Brait. Primeiramente, o técnico do Sesi Bauru apontou as qualidades de sua levantadora. “São duas grandes capitãs e jogadoras laureadas, com vários prêmios individuais, campeãs de vários campeonatos e atletas que foram de seleção brasileira no mais alto nível. E hoje elas lideram as equipes que jogam. A Dani eu já conheço há algum tempo, mais do lado pessoal, porque trabalhei com o Sidão (ex-jogadora e marido de Dani Lins) muito tempo no Sesi masculino. A Dani é uma pessoa muito especial, sempre animada, feliz e muito motivada. Ela é uma referência, uma mãezona, o coração da equipe. Conduz muito bem o time”, analisou o treinador do Sesi Bauru.

Modenesi destacou a superação de Dani Lins após descobrir um nódulo na tireoide durante exame de rotina no começo de 2025. “Essa temporada ela teve uma história de superação fenomenal. E isso também ajudou na motivação da equipe, de jogar por ela. Uma jogadora que já conquistou tudo, não precisa, teoricamente, dar peixinho às 8 horas da manhã. Mas ela está sempre lá fazendo levantamentos, se esforçando, liderando pelo exemplo. Ela descobriu o nódulo maligno na tiroide e a gente até deu uma… ‘putz, e agora o que vai acontecer?’ Mas ela superou todas as expectativas, em 12 dias já estava treinando, operou o quanto antes porque queria jogar o playoff, conseguiu se recuperar a ponto de jogar o primeiro jogo contra o Fluminense”, relatou.

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“Isso deu uma força muito grande para a nossa equipe. Tê-la ao meu lado no meu primeiro ano como treinador, na minha equipe, é um privilégio. Ainda mais pela qualidade dela como levantadora. A gente precisa discutir pouco o jogo porque ela entende muito bem o jogo, sabe muito bem o que precisa ser feito. Eu mostro um vídeo sobre o sistema defensivo do adversário, quais são as prioridades, como é que se comporta. Em 10 minutos, ela já entende o que tem que fazer. Portanto, ela é uma jogadora especial”, finalizou Modenesi sobre Dani Lins.

Características similares

Modenesi também trabalhou com Camila Brait nas quase duas temporadas que integrou a comissão técnica do Osasco. E o atual treinador do Sesi Bauru apontou características similares entre a líbero e Dani Lins. “A Brait é uma jogadora de calibre também. Pelo menos na temporada que convivi com ela, a Brait sempre estava ali o dia todo se esforçando, treinando mais, se dedicando. Ela é uma referência para todos os líderes hoje em dia. Nas entrevistas, ela fala da Fabizinha, que é uma referência para ela. Mas hoje a Camila que é a referência, né? Ela é ídolo para essa garotada toda que está vindo, inclusive, para as meninas que estão na seleção brasileira”, declarou o técnico bauruense.

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Por fim, não faltaram elogios também para a qualidade técnica de Camila Brait. “Ela é muito boa tecnicamente, impressionante. A capacidade de leitura que ela tem, a capacidade de ela estar no lugar certo, na hora certa. E ela é um motorzinho do time. Ela está ali sempre ágil, rápida, chega na bola, chega na defesa, sempre motivando, sempre falando. Outra característica dela, também parecida com a da Dani Lins, e não é à toa que elas são comadres, é que ela é muito alegre, feliz, está rindo o tempo inteiro, alto astral para caramba. É mais uma que lidera pelo exemplo. Então são dois ícones para suas equipes”, concluiu Modenesi.

Fotos: Brait (Carolina Oliveira/Osasco) e Dani Lins (Polygrafando)

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