A comercialização da colheita de tabaco para as indústrias do setor está mais lenta este ano em relação às safras anteriores. Até o momento, houve a venda de 57% da produção estimada nos três estados do Sul do País. No ano passado, produtores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná já haviam entregue 78% da produção até 30 de março, conforme registros da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).
O presidente da Afubra, Marcílio Drescher, em entrevista nesta segunda-feira, 28, ao programa Estúdio Interativo da Rádio Gazeta FM 107,9, destacou que a comercialização na safra passada foi especialmente mais rápida. Houve queda de mais de 20% na produtividade, e o preço estimulou os produtores a fazerem a entrega logo nos primeiros meses após o início das vendas. Já nesta safra, além da produtividade normal, a área de plantio aumentou 10% e a colheita está estimada em 700 mil toneladas, com a diferença de quase 200 mil toneladas a mais em relação a 2024.

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Segundo Drescher, quando há oferta maior de tabaco, geralmente há queda no preço médio. “Havia a expectativa que chegasse ao mesmo valor do ano passado, e o pessoal guardou a colheita no paiol para vender mais tarde”, afirmou. Além disso, os agricultores levaram mais tempo para o enfardamento durante o período de escassez de chuva. Conforme o dirigente, em algumas regiões a venda está praticamente no final, especialmente em Santa Catarina e no Paraná, enquanto em outras ainda não chegou na metade, como no Sul do Estado e nas partes mais altas, dependendo da sazonalidade do plantio.
As pesquisas semanais da Afubra apontam declínio no preço pago especialmente na variedade Burley, que ocupa área menor nos estados do Sul. Com o ritmo mais lento, Drescher afirma que o fim do período da comercialização permanece uma incógnita. Observa que o primeiro ano de vigência da lei de classificação do tabaco nas propriedades também trouxe alguns transtornos para as empresas. “Espera-se que no fim de julho ocorra o encerramento das vendas”, afirma o presidente.
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Classificação
Apesar de alguns transtornos no primeiro ano de validade da lei, o presidente da Afubra considera positiva a classificação do tabaco nas propriedades. Entre os problemas apontados estão a falta de instalações adequadas para o trabalho em alguns locais, com falta de luminosidade.
Marcílio Drescher afirma que toda mudança traz consequências e considera coerente a aprovação da regra também em Santa Catarina e Paraná. Observa que serão necessárias adequações ao longo do tempo para superar os problemas constatados no início da implementação da medida.
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