Uma importante decisão judicial trouxe uma nova perspectiva ao caso da jornalista diagnosticada com câncer que havia sido desligada do SBT. Conforme publicado na manhã desta quinta-feira (24), a 5ª Vara do Trabalho de Osasco, através da juíza Cristiane Serpa Pazan, condenou a emissora a anular a demissão. O SBT tem o prazo de dois dias para cumprir a ordem judicial, sujeito a multa de R$ 1.000,00 a cada dia de atraso.
A magistrada justificou sua decisão apontando a clareza da urgência, pois a interrupção do vínculo empregatício afetaria diretamente a continuidade do tratamento médico essencial da requerente. Tal desligamento representaria um perigo à sua saúde e dignidade, contrariando assim os princípios da função social, do contrato de trabalho, da preservação da vida e do respeito à dignidade humana.
Decisão reforça urgência para continuidade do tratamento
A decisão judicial também destacou que a necessidade da medida liminar foi comprovada pelo fato de a jornalista possuir uma condição de saúde incurável que exige a manutenção contínua do tratamento atual para um manejo adequado da doença. Ao concluir a liminar, a juíza ressaltou que a interrupção do tratamento poderia levar ao surgimento de novos sintomas e à diminuição da expectativa de vida.
Ao ser questionado pela Contigo!, o SBT declarou não ter sido oficialmente comunicado da decisão e informou que adotará as providências legais pertinentes. Em manifestação ao Metrópoles, os representantes legais da profissional confirmaram o teor da decisão judicial, porém optaram por não se manifestar sobre a liminar em si, visto que ainda cabe recurso.
Jornalista enfrenta câncer avançado e tratamento de alto custo
Em entrevista concedida ao Splash Uol, sob condição de anonimato, a profissional revelou que foi desligada da empresa no começo deste ano. Ela detalhou que, desde 2019, trata um adenocarcinoma de pulmão que evoluiu com metástase para o cérebro. O custo mensal de sua medicação é de R$ 40 mil, sendo que o tratamento é acessado por meio do plano de saúde da companhia, ao qual ela tem acesso desde 2017.
