A atriz Lucia Alves faleceu na última quinta-feira (21), aos 76 anos, em decorrência de um câncer no pâncreas. Em tratamento desde 2022, a artista construiu uma sólida carreira na televisão brasileira. Natural de Belo Horizonte, destacou-se em novelas da Globo e da extinta TV Tupi, consolidando seu nome entre os grandes talentos da teledramaturgia.
Lucia iniciou sua trajetória nas novelas em 1969, com Enquanto Houver Estrelas, da TV Tupi. No mesmo ano, estreou na Globo em Verão Vermelho. Ao longo das décadas, participou de produções importantes como Senhora, Plumas e Paetês, Ti-Ti-Ti, Anos Dourados e Barriga de Aluguel. Sua última participação de destaque foi em O Cravo e a Rosa, exibida em 2000.
Papéis que marcaram a carreira de Lucia Alves
Entre os papéis mais marcantes de Lucia, está a índia Potira, de Irmãos Coragem (1970), escrita por Janete Clair. Lucia conquistou o público com sua interpretação da jovem apaixonada por Jerônimo, personagem de Cláudio Cavalcanti. Em uma entrevista na ocasião ao Memória Globo, a atriz revelou que, após tantos anos, ainda se emocionava ao assistir à cena da morte de Potira, um dos momentos mais inesquecíveis da novela.
Outro papel importante foi o de Helena, protagonista da novela Helena (1975), baseada no romance de Machado de Assis. A produção inaugurou a faixa de novelas das 18h da Globo. Na trama, Lucia interpretou uma jovem que se aproxima de Estácio, vivido por Osmar Prado, em meio a dúvidas sobre um possível laço de sangue, que posteriormente não se confirma.
Versatilidade na televisão
Em Tropicaliente (1994), Lucia deu vida à personagem Isabel, uma nova rica que buscava ascensão social por meio de atos de caridade interesseiros. Isabel se tornou uma das figuras mais detestadas da novela, especialmente por suas atitudes fúteis e problemáticas. Ao final da trama, a personagem enfrenta o desprezo da própria família, encerrando sua história de maneira solitária.
