
Dois suspeitos de envolvimento na morte de Leonel Almeida, de 35 anos, filho do ex-prefeito de Lagoa da Confusão Mauro Ivan, foram presos nesta quarta-feira (23). A dupla identificada teria dado apoio aos executores do crime que aconteceu no dia 20 de fevereiro deste ano.
Leonel trabalhava na área agrícola e foi morto a tiros na fazenda dos pais. A família acredita que ele caiu numa emboscada depois de ser atraído para o local do assassinato.
De acordo com a Polícia Civil, no dia do assassinato, a vítima foi atingida com um tiro no rosto e não resistiu. Depois disso, os executores, que ainda não foram identificados, pegaram um caseiro e um mecânico que estavam na fazenda e fugiram com outras duas pessoas, que seriam reféns.
Durante a fuga, um dos veículos apresentou problemas e foi abandonado, enquanto o outro foi incendiado. Após o incêndio, os suspeitos fugiram do local.
“Os supostos reféns, com o intuito de afastar possíveis suspeitas quanto ao envolvimento no crime, dirigiram-se ao destacamento local da Polícia Militar para comunicar a ocorrência do homicídio. No entanto, o trabalho investigativo apontou que a dupla deu suporte ao crime”, explicou o delegado-chefe da 6ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC – Paraíso), Antônio Onofre Oliveira da Silva Filho.
Os mandados de prisão foram expedidos pela Vara Criminal da Comarca de Cristalândia e, após o cumprimento, os dois suspeitos foram levados para a Unidade Penal de Paraíso do Tocantins.
Relembre o crime
De acordo com a Polícia Civil, o boletim de ocorrência relata que Leonel teria sido baleado depois de xingar os invasores. Além disso, ele gravou um áudio comentando sobre a presença de invasores na fazenda um dia antes de ser assassinado.
“O pessoal está lá na fazenda de novo. Estão batendo em cima de uma cálula lá do contrato, mas eu sei qual é a deles, eles querem já, não eles aceitem que eles fiquem lá e dizer que eles estão de posse da terra, entendeu? Aí eu falei para eles que eles não iam ficar lá de jeito nenhum, simplesmente ele falou que, se ele não aceitar nós aqui é para não ligar para a polícia, chamar a polícia para você”, disse Leonel em áudio.
Um morador da região, que conhece a história da família, disse para a TV Anhanguera que Leonel foi morto por pistoleiros a mando de um grupo de agiotas. Segundo ele, a família fez um empréstimo com esses agiotas, colocando imóveis como garantia.
O caso ainda está em investigação pela 58ª Delegacia de Lagoa da Confusão para identificar os demais participantes e circunstâncias do assassinato de Leonel.

Fonte: g1 Tocantins