
Caso aconteceu na Praça do Coreto, em Pirenópolis. Segundo a polícia, o cachorro avançou nos policiais durante abordagem. Policial militar mata cachorro a tiros em Pirenópolis
Um cachorro foi morto a tiros por um policial militar em Pirenópolis, no Entorno do Distrito Federal. Segundo relatos de moradores, o cachorro teria latido para o agente, que abordava um morador de rua. A Polícia Militar disse em nota que fará uma investigação interna para esclarecer o caso (leia a nota na íntegra ao fim do texto).
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O policial militar não foi identificado e, por isso, o g1 não conseguiu contatá-lo.
O caso aconteceu no dia 20 de abril, na Praça do Coreto, a 350 metros da delegacia da cidade. Segundo a Polícia Militar, uma equipe foi acionada para averiguar uma ocorrência envolvendo um morador de rua, que era o dono do cachorro.
De acordo com a corporação, o cachorro teria avançado em um dos agentes, que chegou a cair no chão e machucar o braço quando tentou fugir do ataque.
“Diante da ameaça iminente à integridade física da equipe, o militar efetuou disparos com arma de fogo, com o objetivo de conter o animal, que acabou sendo atingido”, diz a nota.
Cachorro morto por Policial Militar na Praça do Coreto, em Pirenópolis
— Fotos: Reprodução/Redes sociais
Em entrevista à TV Anhanguera, o delegado da cidade, Tibério Martins Cardoso, disse que ele próprio já foi mordido pelo animal. “Eu estava pedalando na região quando ele me mordeu na perna. Por isso, eu sei que ele é um animal agressivo”, disse o delegado.
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Revolta
O caso gerou comoção nas redes sociais e entre os moradores da cidade. A enfermeira Inajara Alves, de 54 anos, conta que a área é movimentada em fins de semana e que o cachorro, apelidado de Barão, vivia na região.
“Ele era um cachorro da comunidade. O pessoal que faz a feira, que tem comércio ali na região, cuidava dele. […] Tanto que tinha muita gente na praça e ele não agrediu ninguém”, disse ela.
A enfermeira disse que o cachorro latia, mas que não era agressivo. Ela acredita que ele tentava proteger o morador de rua e classifica o comportamento como normal para um cachorro. “O cachorro fez um avanço normal, ele entende que aquele é o território dele. O que não justifica o policial fazer o que fez e matar o cachorro”, desabafou.
Na ocasião, um feirante que presenciou a morte do cão e se indignou foi preso, causando ainda mais revolta. Segundo a polícia, ele passou a desacatar verbalmente os agentes com palavras ofensivas e foi conduzido à delegacia.
A identidade do feirante também não foi divulgada e, por isso, o g1 não conseguiu contato com a defesa dele.
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