A médica Denise Müller, acompanhada de Cleusa Fagundes, e da secretária de Desenvolvimento Social, Fátima Alves da Silva, estiveram numa reunião com o Legislativo, para solicitar o apoio no engajamento da campanha pela prevenção e diminuição dos números do câncer em nosso município.
No ano passado foram realizadas palestras junto às escolas do Estado, sendo que este ano, este projeto deve chegar também às escolas da rede municipal. Segundo a médica Denise Müller, é importante que os vereadores se engajem na campanha para disseminar a importância da vacinação em crianças e adolescentes.
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“Usem suas redes para dissiminar esta informação que é muito importante. Pretendemos fazer um trabalho junto à rede municipal e o acolhimento, no ano passado, nas palestras que foram feitas nas escolas da rede estadual, foi ótimo”, citou.
Ela destacou o câncer de colo do útero é a primeira causa de morte por câncer em mulheres até os 36 anos, quando é ultrapassado pelo câncer de mama. Surgem, no mundo 650 mil novos casos a cada ano; ocorrem 350 mil mortes; 180 mil crianças ficam órfãos de suas mães.
A Associação de Prevenção do Câncer de Colo do Útero é uma instituição sem fins lucrativos que tem como propósito levar informações qualificadas à comunidade, que permitirá que, no futuro, possamos diminuir os índices dessa doença.
Em termos nacionais, no Brasil, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) se engajou na responsabilidade de contribuir para atingir as metas previstas até 2030. A adoção da “Estratégia Global para Acelerar a Eliminação do Câncer de Colo do Útero, como um Problema de Saúde Pública”, da OMS, é baseado em três pilares. A garantia de que 90% das meninas recebam a vacina contra o papilomavírus humano (HPV) até os 15 anos de idade; 70% das mulheres realizem um exame de rastreamento com teste efetivo até os 35 e outro até os 45 anos de idade; e 90% das mulheres identificadas com lesões precursoras ou câncer invasivo recebam tratamento.
Segundo a médica Denise Müller, o câncer de colo no útero, atualmente, ocupa o terceiro lugar em número de casos de cânceres em mulheres. É a quarta causa de morte por câncer em mulheres. A cada uma hora, morre uma mulher por câncer de colo do útero no Brasil. “Estima-se que cerca de 80% da população mundial terá, ou já teve, contato com o vírus em algum momento da vida”, cita.
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Trata-se de um problema de saúde pública, pois as altas taxas de prevalência e mortalidade ocorrem atingem mulheres de extratos sociais e econômicos mais baixos. “Cerca de 50% dos óbitos ocorrem sem tratamento. Além da dificuldade de acesso à rede de serviços de saúde, enfrenta obstáculos culturais, como desinformação e preconceito. Custos assistenciais extremamente elevados”, justifica Denise.
Vacina
A médica explica que existe no mercado desde 2008 uma vacina segura e sem registro de qualquer reação grave relacionada à sua aplicação. Mais de 300 milhões de doses já foram aplicadas no mundo e está disponível na rede básica de saúde (SUS) desde 2014, ao custo médio de R$ 965,00 a dose na rede privada. Nas crianças de entre 9 e 14 anos são aplicadas duas doses e, para acima de 15 anos, são três doses, mas não mais disponíveis pelo SUS.
As famílias precisam se conscientizar da importância de vacinar crianças e adolescentes entre os 9 e 14 anos, enquanto o imunizante está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). “São cinco anos para vacinar. As famílias precisam lembrar dessa proteção enquanto ela é gratuita se não tiverem condições de pagar pela vacina. Quando escolhemos ter filhos, assumimos um compromisso de protegê-los”, afirma.
No entanto, Denise acredita que ainda existe preconceito em torno da prevenção. “Muitas famílias relacionam a vacinação contra o HPV ao momento de falar com seus filhos sobre sexualidade. Quando a criança tem 9 anos, precisamos falar em prevenção de câncer. Esse tema não tem idade. Quanto mais cedo se toma, mais proteção a criança e o adolescente desenvolvem”, cita.
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