A Nissan decidiu diminuir a produção do SUV Rogue destinado ao mercado norte-americano após a implementação de tarifas de importação de 25% pelo governo dos Estados Unidos. A medida atinge diretamente a fábrica da montadora localizada em Kyushu, no Japão, onde o modelo é fabricado.
Pontos Principais:
- Produção do Nissan Rogue será reduzida em 13 mil unidades no Japão.
- Tarifas de 25% foram aplicadas pelo governo dos EUA para veículos importados.
- Medida impacta diretamente a fábrica de Kyushu e força revisão de turnos.
- Vendas nos EUA estão em queda e há perdas de mercado na China.
A Nissan confirmou que a produção do modelo Rogue será reduzida em mais de um quinto do total vendido nos Estados Unidos no primeiro trimestre de 2025. Foram 62 mil unidades comercializadas no período, e a produção sofrerá corte de 13 mil entre maio e julho. A decisão está diretamente relacionada às tarifas protecionistas recém-aplicadas pela administração de Donald Trump.

A medida inclui diminuição de turnos e redução de horas de trabalho na principal fábrica da marca no Japão. A montadora japonesa tem uma exposição maior ao mercado norte-americano em comparação a outras marcas do setor, o que acentua os impactos da nova política tarifária.
Outras montadoras também têm reagido à nova política de importações dos Estados Unidos. Honda, Hyundai e Stellantis, por exemplo, já iniciaram processos de suspensão de linhas de produção fora do território americano, com realocação de operações para fábricas dentro do país.
Antes mesmo da decisão sobre as tarifas, a Nissan já avaliava uma redução de até 20% em sua capacidade global de produção. Essa revisão faz parte de um plano de reestruturação voltado à adaptação da marca ao atual cenário de queda de vendas nos principais mercados onde atua.
Nos Estados Unidos, as vendas da marca enfrentam obstáculos como ausência de modelos híbridos competitivos e renovação limitada do portfólio. Já na China, a presença da Nissan tem sido afetada pela crescente preferência dos consumidores por modelos elétricos de marcas locais, o que gerou perda significativa de mercado.
Outro ponto de pressão sobre a Nissan foi o insucesso das negociações para uma possível fusão com a Honda, encerradas no início deste ano sem avanço. Com isso, a empresa vê seu leque de alternativas estratégicas se reduzir no momento em que o setor automotivo mundial passa por importantes transformações.
Fonte: iG, Investing e Exame.
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