Em busca de equilíbrio financeiro, o Grêmio antecipou R$ 119 milhões do novo contrato de direitos de transmissão com a Globo, assinado por meio da Libra. O valor aparece no balanço financeiro do clube referente a 2024 e representa uma movimentação significativa nas finanças do Tricolor. A reportagem foi produzida por Rodrigo Mattos e publicada no portal UOL.
Os nove clubes da Libra assinaram acordo válido por cinco anos com a Globo para os direitos da Série A. No total, a emissora vai pagar R$ 1,17 bilhão, mais uma fatia de pay-per-view. Desse total, cada clube teve direito a antecipar 10% do valor igualitário a que tinha direito. O Grêmio registrou R$ 63 milhões em adiantamento neste caso. Mas o clube já tinha feito outra antecipação com a Libra em 2023, no valor de R$ 19,9 milhões, referentes ao ano de 2025. E, em 2024, fez novo aditamento por meio do banco BMG em um montante de R$ 30 milhões também de dinheiro que seria recebido na atual temporada. Assim, a soma das antecipações chega a R$ 119 milhões, bem superior aos R$ 55 milhões registrados no mesmo item do balanço em 2023.
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Ou seja, no total, o Grêmio já pegou em torno de R$ 60 milhões da atual temporada. A antecipação de 10% a todos os clubes da Libra é descontada proporcionalmente ano a ano, o que dá em torno de R$ 12 milhões por campeonato. E esses descontos ocorrerão em um momento pouco confortável das finanças porque o clube gremista gasta mais do que arrecada. No ano passado, houve um superávit de R$ 43 milhões.
Mas, na realidade, isso se explica por uma operação meramente contábil: a compra dos créditos do Banrisul com a Arena, estádio onde atua o Tricolor. O clube registrou R$ 88 milhões de receita com este item pela diferença entre o que pagou (R$ 20 milhões) e a avaliação do ativo (R$ 108 milhões). Sem esse registro, que é legítimo e legal, o clube teria um déficit de R$ 45 milhões.
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Isso porque o Grêmio acelerou em contratações de jogadores mesmo com queda da receita. No total, o clube arrecadou R$ 503 milhões no ano passado, incluindo as vendas de jogadores, enquanto teve receita de R$ 521 milhões em 2023. Mas, no total, gastou R$ 129,5 milhões em novas aquisições de jogadores, segundo registro.
Tanto que o Grêmio tem R$ 75 milhões para pagar em compras de jogadores, valor que era de R$ 22 milhões em 2023. Aumentou também o dinheiro gremista a receber por negociações: saltou para R$ 53 milhões, contra R$ 39,2 milhões no ano retrasado. Para piorar, também houve aumento da dívida bancária. O valor subiu para R$ 99,6 milhões, em crescimento de R$ 30 milhões em relação ao ano anterior.
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Com isso, a dívida líquida gremista chegou contabilmente a R$ 558 milhões. Não seria um crescimento grande se considerarmos que o valor era de R$ 536 milhões em 2023. Mas esse valor tem o impacto dos créditos a receber da Arena Porta Alegrense, que são de R$ 94 milhões, o mesmos créditos comprados ao Banrisul. Estão registrados no ativo, o que reduz a dívida líquida (total do passivo, menos recebíveis). Excluído esse montante, o débito líquido cresceu acima de R$ 100 milhões.
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