Delegado diz que, a princípio, não há evidência de crime sexual contra criança que chegou morta a hospital de Cabo Frio


O delegado Alessandro Gabri afirmou que ‘a causa da morte da menina permanece desconhecida’ e que material coletado será levado para o Rio nesta quarta (31): ‘A gente pediu bastante urgência até para afastar, ratificar, fechar a porta para a hipótese de violência sexual’, esclareceu. Delegado Alessandro Gabri explicou que aguarda resultado dos exames periciais, mas adiantou que prova técnica não constatou violência sexual em menina
Reprodução Inter TV RJ
A Polícia Civil informou na tarde desta terça-feira (30) que, até o momento, não há indícios de crime sexual ou de qualquer morte violenta contra a menina de 2 anos e 11 meses que chegou sem vida ao Hospital Otime Cardoso dos Santos, no Jardim Esperança, em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio.
A criança foi levada à unidade pelo pai e pelo irmão mais velho, de 18 anos, depois que a menina, segundo depoimento à Polícia Civil, passou mal quando estava sob os cuidados do irmão.
A Prefeitura, responsável pelo hospital, divulgou nota informando sobre a suspeita de abuso sexual e que os protocolos foram adotados, como o acionamento das autoridades policiais e encaminhamento do corpo da criança para o Instituto Médico Legal (IML).
O delegado Alessandro Gabri explicou que a médica que atendeu a criança no hospital disse que encontrou lesões nas partes íntimas da vítima, levando à suspeita de abuso sexual, mas após a necropsia, nenhuma evidência de crime sexual ou de qualquer outra morte violenta foi constatada pela prova técnica. No entanto, a polícia ainda depende do resultado dos exames, a partir do material que foi coletado no corpo da menina, para saber a causa da morte. O material será levado nesta quarta-feira (31) para o Rio de Janeiro.
“A princípio, segundo a prova técnica, não há nenhuma evidência de prática de crime sexual. Foram colhidos materiais no cadáver da vítima, para averiguar a causa, porque a causa da morte da menina permanece desconhecida. Pedimos urgência nesse exame. Esse material vai ser levado para o Rio amanhã e a gente pediu bastante urgência, até para afastar, ratificar, fechar a porta para essa hipótese de violência sexual, que, ao que tudo indica, não ocorreu”, disse o delegado.
O resultado dos exames feitos no corpo da menina deve ficar pronto em dez dias.
Em nota, a Prefeitura explicou que a “gestão do hospital tomou as medidas cabíveis, entrando em contato com os órgãos responsáveis, encaminhando, em seguida, o corpo da criança para o Instituto Médico Legal de Cabo Frio”.
O perito criminal foi acionado juntamente com o perito papiloscopista para realização de exames na casa da família. O corpo da menina foi liberado do IML por volta das 17h desta terça-feira (30).
Criança de 2 anos chega morta ao hospital; suspeita é de violência sexual em Cabo Frio
Mariana Couto/g1
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