Trump diz que ninguém está sendo liberado de tarifas e que cadeia eletrônicos será analisada

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, diz que a cadeia de eletrônicos não está sendo liberada de seu tarifaço, e que o governo está analisando sua mudança apenas para um novo “balde tarifário”.
Na sexta-feira, o governo Trump isentou smartphones, laptops e outros eletrônicos das ‘tarifas recíprocas’. Com a decisão, esses produtos ficam de fora das tarifas de 145% impostas à China, principal polo de produção de eletrônicos como o iPhone, e da alíquota de 10% aplicada à maioria dos outros países.
A autoridade dos EUA listou 20 categorias de produtos, que além dos celulares e computadores, incluem semicondutores, chips de memória e monitores de tela plana. São itens que não costumam ser fabricados nos EUA e a instalação de uma produção no país exigiria anos de estruturação.
* Esta reportagem está em atualização.
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“NINGUÉM está sendo “liberado” dos desequilíbrios comerciais injustos e das barreiras tarifárias não monetárias que outros países têm usado contra nós, especialmente a China, que, de longe, nos trata pior! Não houve “exceção” tarifária anunciada na sexta-feira. Esses produtos estão sujeitos às tarifas de 20% sobre o fentanil existentes e estão apenas mudando para um “balde” tarifário diferente. A mídia falsa sabe disso, mas se recusa a relatar. Estamos analisando semicondutores e TODA A CADEIA DE SUPRIMENTOS DE ELETRÔNICOS nas próximas investigações de tarifas de segurança nacional. O que foi exposto é que precisamos fabricar produtos nos Estados Unidos e que não seremos reféns de outros países, especialmente nações comerciais hostis como a China, que fará tudo ao seu alcance para desrespeitar o povo americano. Também não podemos permitir que continuem a nos abusar no comércio, como têm feito há décadas, ESSES DIAS ACABARAM! A Era Dourada da América, que inclui os próximos cortes de impostos e regulamentações, uma quantidade substancial dos quais foi aprovada pela Câmara e pelo Senado, significará mais e melhores empregos, fabricando produtos em nossa nação e tratando outros países, em particular a China, da mesma forma que nos trataram. O resultado final é que nosso país será maior, melhor e mais forte do que nunca. Nós vamos, FAZER A AMÉRICA GRANDE NOVAMENTE!”
Alívio para consumidores e big techs
Os eletrônicos representam parte significativa das importações da China para os EUA.
Em 2024, os smartphones foram a principal importação chinesa para o país, totalizando US$ 41,7 bilhões, e os laptops ficar em segundo lugar, com US$ 33,1 bilhões, de acordo com dados do US Census Bureau divulgados pela Reuters.
A isenção sobre esses produtos pode reduzir o impacto no bolso dos consumidores americanos e beneficiar grandes empresas do setor, segundo a Bloomberg.
A Apple vende mais de 220 milhões de iPhones por ano em todo o mundo. A Counterpoint Research estima que, agora, 20% do total de importações de iPhone para os EUA vem da Índia, e o restante continua vindo da China.
Após o anúncio das novas tarifas sobre produtos chineses, analistas passaram a prever um possível aumento nos preços dos iPhones vendidos no mercado americano, diante da forte dependência da Apple da cadeia de produção chinesa.
Para “driblar o tarifaço”, a empresa acelerou os embarques vindos da Índia e fretou aviões cargueiros para transportar cerca de 1,5 milhão de iPhones — o equivalente a 600 toneladas — até os Estados Unidos, segundo a Reuters.
Na ocasião, o imposto de importação para produtos indianos era de 26%, bem abaixo da alíquota de 145% aplicada à China.
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