‘Não é inimigo’: William Bonner fala sobre o papel da Globo diante dos novos desafios

Ao participar das comemorações dos 60 anos da TV Globo, William Bonner, de 61 anos, fez mais do que relembrar a história da emissora. O apresentador do Jornal Nacional aproveitou a ocasião para compartilhar uma análise profunda sobre o papel da emissora carioca no atual cenário de polarização social e avanço dos algoritmos digitais.

Em meio às festividades, sua fala destacou a importância da emissora em promover uma comunicação que ultrapasse os limites das bolhas ideológicas. Bonner acredita que, em tempos marcados pela divisão e pelo consumo personalizado de conteúdo nas redes sociais, a missão da Globo é furar bolhas.

O âncora do JN observou que a sociedade está cada vez mais imersa em espaços onde só se ouve o que se deseja, e que cabe à emissora romper essa lógica. “Vivemos em uma polarização extremamente alimentada pelas redes sociais, cada um na sua bolha, só ouvindo o que gosta de ouvir”, explicou.

Bonner falou da importância dos debates

A responsabilidade, no entanto, não recai apenas sobre o jornalismo da emissora. Bonner destaca que essa proposta de diálogo se estende também ao entretenimento: “Nós propomos debates e, isso, permite que alguém, mesmo dentro de uma bolha, escute algo diferente, e talvez reflita que quem pensa diferente não é inimigo, só pensa diferente”.

Durante o encontro com jornalistas, Bonner foi o porta-voz do núcleo de jornalismo da Globo. Ele explicou como a emissora continuará investindo em uma cobertura ampla e conectada com o público.

Comemorações iniciam no próximo dia 25

A programação especial pelos 60 anos da emissora começa no dia 25 de abril, com uma edição comemorativa do Globo Repórter. O programa vai relembrar episódios marcantes da história da emissora, como os tempos de censura durante a ditadura militar e os desafios enfrentados após dois grandes incêndios em suas instalações no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro.

No sábado, dia 26, os telejornais locais ganharão destaque especial. As edições do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Brasília serão ancoradas de pontos históricos dessas cidades. O objetivo é mostrar a conexão da Globo com as comunidades locais e como o jornalismo da emissora se enraíza em cada região do país.

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