Mesmo com rejeição popular, medida está perto de alcançar as 257 assinaturas necessárias para tramitar em regime de urgência e ir direto ao plenário. Sem popularidade, governo tem dificuldade de se impor no Congresso. A proposta de anistiar os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, segue avançando na Câmara dos Deputados, com articulação direta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e apoio crescente de parlamentares ligados à sua base.
Mesmo com rejeição popular, medida está perto de alcançar as 257 assinaturas necessárias para tramitar em regime de urgência e ir direto ao plenário.
A estratégia, liderada por Bolsonaro, é contornar as comissões da Casa e acelerar a votação do projeto, considerado por seus aliados como a única saída política possível para evitar condenações na Justiça.
Nos últimos dias, Bolsonaro intensificou os contatos com deputados e, na quarta-feira (9), se reuniu pessoalmente com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que tem sinalizado resistência à proposta, mas admitiu que, caso o número mínimo de assinaturas seja atingido, levará o tema ao colégio de líderes.
Motta busca o que chama de “saída de pacificação nacional”, preferencialmente negociada com o Judiciário e o Executivo. Mesmo assim, o ex-presidente disse estar confiante: “Se a gente conseguir assinatura, ele vai botar em votação, eu tenho certeza disso”.
Enquanto isso, o governo Lula permanece em silêncio sobre o avanço da anistia. Com baixa popularidade, dificuldades na articulação política e um Congresso de maioria conservadora, o Planalto evita bater de frente com o tema, temendo ampliar sua fragilidade. A falta de reação pública é vista por aliados de Bolsonaro como sinal de enfraquecimento.
A proposta, porém, enfrenta forte rejeição da opinião pública. Segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta semana, 56% dos brasileiros são contra a anistia aos responsáveis pelos atos do 8/1.
O apoio à medida, embora tenha crescido desde o ano passado, ainda está restrito a 37% da população — número que sobe para 72% entre simpatizantes do PL e cai para 10% entre eleitores do PSOL.
Contestação no STF
A possível aprovação do projeto, no entanto, deve ser contestada no Supremo Tribunal Federal. O ministro Gilmar Mendes afirmou nesta terça-feira (8) que “não faz sentido algum discutir anistia neste ambiente”, classificando a proposta como uma “consagração da impunidade”.
Para ele, o ataque de 8 de janeiro foi uma tentativa real de golpe de Estado e crimes contra a democracia não devem ser perdoados. Mesmo que o projeto avance no Congresso, há expectativa de que sua constitucionalidade seja questionada no STF.
Mesmo com rejeição popular, medida está perto de alcançar as 257 assinaturas necessárias para tramitar em regime de urgência e ir direto ao plenário.
A estratégia, liderada por Bolsonaro, é contornar as comissões da Casa e acelerar a votação do projeto, considerado por seus aliados como a única saída política possível para evitar condenações na Justiça.
Nos últimos dias, Bolsonaro intensificou os contatos com deputados e, na quarta-feira (9), se reuniu pessoalmente com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que tem sinalizado resistência à proposta, mas admitiu que, caso o número mínimo de assinaturas seja atingido, levará o tema ao colégio de líderes.
Motta busca o que chama de “saída de pacificação nacional”, preferencialmente negociada com o Judiciário e o Executivo. Mesmo assim, o ex-presidente disse estar confiante: “Se a gente conseguir assinatura, ele vai botar em votação, eu tenho certeza disso”.
Enquanto isso, o governo Lula permanece em silêncio sobre o avanço da anistia. Com baixa popularidade, dificuldades na articulação política e um Congresso de maioria conservadora, o Planalto evita bater de frente com o tema, temendo ampliar sua fragilidade. A falta de reação pública é vista por aliados de Bolsonaro como sinal de enfraquecimento.
A proposta, porém, enfrenta forte rejeição da opinião pública. Segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta semana, 56% dos brasileiros são contra a anistia aos responsáveis pelos atos do 8/1.
O apoio à medida, embora tenha crescido desde o ano passado, ainda está restrito a 37% da população — número que sobe para 72% entre simpatizantes do PL e cai para 10% entre eleitores do PSOL.
Contestação no STF
A possível aprovação do projeto, no entanto, deve ser contestada no Supremo Tribunal Federal. O ministro Gilmar Mendes afirmou nesta terça-feira (8) que “não faz sentido algum discutir anistia neste ambiente”, classificando a proposta como uma “consagração da impunidade”.
Para ele, o ataque de 8 de janeiro foi uma tentativa real de golpe de Estado e crimes contra a democracia não devem ser perdoados. Mesmo que o projeto avance no Congresso, há expectativa de que sua constitucionalidade seja questionada no STF.