Transatlântico será afundado para virar enorme recife de corais nos EUA

O navio SS United States, inaugurado em 1952, será aposentado no Golfo da Flórida, nos Estados Unidos da América (EUA). O transatlântico será afundado para virar um enorme recife de corais — com potencial para ser um dos maiores do mundo. A viagem de despedida foi iniciada em fevereiro e o processo de limpeza, transporte e afundamento é estimado entre um e dois anos.

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Com 302 metros de comprimento, a embarcação esteve atracada no rio Delaware, a sul da Filadélfia (EUA), por quase 30 anos, tempo em que foi consideravelmente deteriorada pelo clima. Depois de perder condições para navegar, a associação que tutela o navio e o proprietário dele resolveram que o melhor fim seria a submersão.

Transatlântico que será afundado foi corroída pelo tempo, apresentando ferrugens e falhas na estrutura
Foto: Nick Herber / @nickherber / Flickr

No último mês de fevereiro, a carcaça do SS United States iniciou o trajeto de despedida sendo rebocada para a cidade de Mobile, no estado de Alabama (EUA), onde será limpa e preparada para a submersão. Depois, será levada ao ponto final, no Golfo da Flórida, e finalmente afundada.

 

A expectativa das autoridades do condado de Okaloosa, região onde será criado o recife, é que a atração gere milhões de dólares anuais. Além de mergulhos turísticos para visitar o transatlântico afundado, as receitas também englobam custos de barcos e hotéis utilizados para a atividade.

Conheça mais sobre o transatlântico SS United States

Terminada sua construção em meados do século 20, a primeira viagem desse então gigante dos mares foi em 1952. Apesar das proporções grandes já para a época — sendo maior que o Titanic, que tinha 269 metros de comprimento — o navio conseguiu atingir a velocidade média de 36 nós, o equivalente a mais de 66 km/h, e conquistou o recorde de velocidade transatlântica.

Imagem mostra transatlântico que será afundado em operação
Foto: biblioteca estadual de queensland

A embarcação levou três dias, 10 horas e 40 minutos para atravessar o Oceano Atlântico, superando o então recordista RMS Queen Mary com uma diferença de 10 horas.

 

Em 1969, o navio passou a ser de reserva (quando está equipado, mas não é necessariamente utilizado) e então passou por vários proprietários, que apesar do intuito comum de repaginá-lo, acabaram não o fazendo. Por isso, ele ficou décadas no rio Delaware até perder a capacidade de navegar em segurança.

Ressignificados: de carcaça de navio a ecossistema

A ação de afundar navios, lanchas, iates e demais embarcações é mais comum do que pode parecer. Ao perderem estrutura suficiente para não poderem mais navegar com segurança, esses objetos muitas vezes são naufragados propositalmente.

 

Além de recifes de corais, as estruturas submersas viram parte do ecossistema marinho e contribuem para diferentes formações naturais, além de atrair vida marinha.

 

Em alguns meses, o SS United States será mais um transatlântico afundado que contribuirá para a diversificação dos ecossistemas no mar do Golfo da Flórida (EUA).

 

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