Salve ao jornalista profissional!

“Prometo, no exercício da profissão de jornalista, assumir meu compromisso com a verdade e com a informação e empenhar todos os meus atos e palavras, meus esforços e meus conhecimentos para a construção de uma nação consciente de sua história e de sua capacidade. Prometo ainda, não omitir, não mentir e não distorcer informações, não manipular dados e, acima de tudo, não subordinar em favor de interesses pessoais o direito do cidadão à informação.” É assim, com o braço erguido, os olhos marejados, a família emocionada e os amigos à espera de uma festa, que os jornalistas assumem a responsabilidade de repassar as informações que mudam a vida das pessoas.

Assumir esse compromisso é encarar uma grande responsabilidade. Muitos devem pensar que é algo fácil. Basta ouvir alguém falar algo e sair por aí espalhando a informação nos grupos de WhatsApp. Jornalista para quê? Estudar 17 anos, pagar altos valores como mensalidade, ler uma imensidão de conteúdo sobre os mais diferentes assuntos, saber um pouco de quase tudo é considerado bobagem, pois parece ser mais confiável uma informação que recebi não sei de quem, nem sei com qual interesse, mas que me impacta e vou passar adiante para que todos saibam.

Além disso, o que faz com que os jornalistas busquem qualificação e formação universitária se, para passar a informação, basta ter um celular? Sendo justo, repassar a informação qualquer pessoa consegue; na verdade, nem precisa ser pessoa: um cão com um pouco de habilidade consegue informar seu tutor sobre uma série de situações. A diferença de quem se qualifica, de quem busca o conhecimento teórico do jornalismo, é que esse profissional tem consciência sobre a responsabilidade daquilo que escreve. Não o faz para agradar a um grupo ou outro, faz porque é o que acontece, o que vai mudar a vida de quem recebe; e leva essa informação de forma tão clara, que consiga ser entendida por quem pouco sabe ler e por doutores.

Informar todo mundo informa. O fofoqueiro, que fica na janela, consegue. Levar notícia é diferente. Passado o Dia do Jornalista (7 de abril), é preciso pensar nisso. Criou-se um hábito de atacar esses profissionais, que estudaram, que não querem saber para qual time de futebol torce ou se tem político de estimação; querem levar notícia feita com compromisso com o juramento que abriu esse texto, mantendo firme a defesa da democracia e da liberdade de opinião responsável. “Nem me ousem importunar; se as palavras forem severas; mintam, se necessário florear; imagens nascidas de tragédias…” foi escrito por Leandro Emanuel Pereira, em Boas Novas. Se querem ler somente o que agrada, busquem apenas o Whats, que alimenta a doença clubística de seres, cada vez menos, humanos.

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