Médicos debatem aplicação de exame de proficiência para graduados exercerem a profissão

Um encontro promovido pela Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs), na noite dessa quarta-feira, 2, teve como objetivo ouvir a opinião da classe gaúcha sobre a implantação obrigatória do Exame Nacional de Proficiência em Medicina. Cerca de 65% dos presentes se manifestaram favoráveis a aplicação.

O evento foi conduzido pelo presidente da Amrigs e conselheiro do Conselho Federal de Medicina (CFM) pelo RS, Gerson Junqueira, e contou com a participação de seis médicos de alto escalão acadêmico e científico, que discutiram as implicações da medida para a qualidade da formação e da prática médica no Brasil. A dinâmica do encontro foi totalmente participativa, com a aplicação de um questionário com alternativas pré-definidas. Os resultados foram exibidos em tempo real na tela, permitindo que os debatedores reagissem às opiniões dos participantes nas modalidades presencial e online.

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Entre os pontos destacados, esteve a necessidade de uma qualificação mais rigorosa para os médicos em um cenário de crescente número de faculdades de Medicina no país. “Atualmente, possuímos 292 processos em andamento para abertura de faculdades, o que nos coloca em primeiro lugar no ranking internacional. A previsão é de que, em breve, o Brasil conte com mais de um milhão e meio de médicos. No entanto, a oferta de vagas para Residência Médica ainda é insuficiente”, afirmou Rosylane Nascimento das Mercês Rocha, 2ª vice-presidente do CFM.

O conselheiro do CFM pelo RS, Carlos Sparta, acredita que o debate foi construtivo e mostrou que o exame pode impactar positivamente tanto o ensino quanto a prática médica. “As entidades médicas, que antes não tinham consenso sobre o assunto, agora mostram uma postura mais clara. No evento vimos que a maioria dos participantes se manifestou a favor da implementação do exame. O resultado está em sintonia com a recente pesquisa do Conselho Federal de Medicina, que ouviu quase 50 mil médicos em todo o país e revelou que mais de 84% dos profissionais do Rio Grande do Sul também acreditam na necessidade de um exame de ordem”, afirmou. 

O médico ainda se manifestou favorável às escolas de Medicina sofrerem sanções devido à baixa avaliação. Também salientou a importância de o estudante estrangeiro fazer o Revalida e depois ser submetido ao exame de proficiência. 

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