Tamargueira: o arbusto do deserto que simboliza admiração e solidão

Foto: Reprodução

 

 

Imagine o deserto vasto, envolto pelo calor abrasador durante o dia e pela noite gélida e silenciosa. Nesse cenário tão inóspito, onde muitas plantas nem ousariam criar raízes, resiste a valente tamargueira. De longe, ela pode não chamar muita atenção, mas, ao nos aproximarmos, descobrimos sua força: um tipo de arbusto que, apesar de todas as adversidades, floresce e produz frutos saborosos.

 

Existem diversas espécies de tamargueiras, cada uma ajustada às provações do deserto. Nenhuma condição climática — quer seja o sol escaldante ou o frio cortante — é capaz de fazê-la desistir. E assim, ali mesmo, onde poucos se atrevem a existir, ela se ergue, oferecendo sombra e alimento. Seus frutos, tão cobiçados por viajantes exaustos, chegam a adquirir um toque adocicado ainda mais especial quando caem à terra quente, cozinhando levemente sob a fervura do solo.

 

Contudo, aquilo que torna a tamargueira admirável também revela sua solidão. Ela praticamente não depende de ninguém para sobreviver e, por essa característica, frequentemente é vista como um arbusto isolado, solitário. No livro do profeta Jeremias, ela aparece como alegoria de pessoas que confiam unicamente em si mesmas:

 

“Assim diz o Senhor: “Maldito é o homem que confia nos homens, que faz da humanidade mortal a sua força, mas cujo coração se afasta do Senhor. Ele será como um arbusto no deserto; não verá quando vier algum bem. Habitará nos lugares áridos do deserto, numa terra salgada onde não vive ninguém”. – Jeremias 17:5-6 NVI

 

Essa passagem nos convida a refletir: será que nós também corremos o risco de nos tornarmos como a tamargueira? Em outras palavras, corremos o risco de abraçarmos tanto a autossuficiência que nos transformamos em “arbustos solitários”?

 

Talvez sejamos fortes em nossas conquistas, gigantes no trabalho e aptos a realizar grandes negócios, mas, por outro lado, não dividimos nossas alegrias e dores com ninguém, carecendo de genuína companhia e afeto.

 

Deus criou o homem e a mulher para viverem em comunhão, para que partilhemos nossos feitos, sonhos e até mesmo nossas dores. Não somos feitos para caminhar sozinhos; precisamos uns dos outros. Aceitar as diferenças, aprender com elas e cultivar laços sinceros são caminhos para um crescimento verdadeiramente pleno.

 

O que você pode fazer hoje para evitar ser uma “tamargueira”?

 

Quem está ao seu redor esperando por um gesto de partilha ou de amizade?

 

Lembre-se: é no acolhimento do outro que florescemos como pessoas, e nesse encontro descobrimos a verdadeira força — não a solitária, mas aquela que se constrói na fraternidade.

 

Pense nisso!

 

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