Conceito inédito do novo Corvette antecipa o futuro dos superesportivos elétricos americanos

O conceito apresentado pela GM marca o início de uma nova fase no desenvolvimento da próxima geração do Corvette. Embora ainda distante de uma versão de produção, o projeto revela as direções de design e engenharia que influenciarão o futuro C9. O modelo foi concebido no estúdio avançado da GM em Leamington Spa, no Reino Unido, e é um de três conceitos previstos para este ano, com outros vindos dos estúdios em Los Angeles e Detroit.

O desenvolvimento do conceito faz parte de uma iniciativa da GM que envolve diversos estúdios ao redor do mundo, incluindo unidades em Xangai, Seul, São Paulo, Los Angeles, Detroit e agora no Reino Unido. A proposta era estimular diferentes interpretações para o futuro do Corvette, respeitando os elementos tradicionais do modelo e ao mesmo tempo propondo novos caminhos.

O vice-presidente sênior de design global da GM, Michael Simcoe, explicou que o objetivo foi incentivar os estúdios a criarem propostas com DNA Corvette, mas com liberdade criativa. A versão britânica do conceito apresenta linhas mais limpas, proporções equilibradas e foco na funcionalidade aerodinâmica. Apesar de ser um modelo elétrico, mantém proporções típicas de motor central.

A divisão do carro em duas partes é visível. A parte superior tem uma superfície contínua, enquanto a inferior é focada em elementos funcionais, como entradas de ar e soluções aerodinâmicas. O material usado na parte de baixo é impresso em 3D a partir de pneus reciclados, evidenciando um enfoque sustentável na construção do protótipo.

Na parte frontal, o conceito exibe grandes entradas de ar e um capô baixo. A carroceria envolve a estrutura como um manto, com arcos das rodas ressaltados. Um detalhe central divide o capô, o para-brisa e o teto, inspirado no Corvette Stingray da década de 1960, cuja janela traseira era dividida.

A linha central não é apenas uma referência visual. Ela integra o sistema chamado Apex Vision, que elimina as colunas A e proporciona uma visão panorâmica. As portas com abertura em asa são fixadas nessa mesma linha, o que faz com que parte do para-brisa se mova junto com elas ao abrir.

Na lateral e na traseira, há espaços ocos que cumprem funções aerodinâmicas. Ventiladores escondidos ajudam a direcionar o fluxo de ar quando o carro está em movimento, simulando o efeito de uma traseira longa e reduzindo o arrasto. Em modo de pista, pequenas aletas traseiras se erguem para gerar mais pressão aerodinâmica, sem comprometer o formato limpo da carroceria.

Embora o protótipo utilize um sistema de propulsão elétrica, a GM esclareceu que isso não significa que o próximo Corvette será totalmente elétrico. O motor V8 ainda faz parte dos planos, mas o uso do conceito elétrico permite mais liberdade para testar novas soluções de design e desempenho.

Simcoe também ressaltou que, apesar do histórico do Corvette estar fortemente vinculado aos Estados Unidos, conceitos já foram criados fora do país anteriormente. Ele reconheceu que a escolha do estúdio do Reino Unido para liderar esse projeto foi intencional, como um teste para desafiar diferentes formas de pensar o Corvette.

O conceito apresentado não traz especificações técnicas de motorização, desempenho ou autonomia, mantendo o foco nas possibilidades visuais e aerodinâmicas. O segundo conceito será revelado pelo estúdio de Los Angeles, e um terceiro, programado para agosto, será produzido em Detroit, combinando elementos dos dois anteriores e oferecendo uma visão mais próxima do que poderá ser o Corvette C9.

A GM segue apostando em múltiplas frentes de design para diversificar suas referências e testar aceitação do público. O futuro Corvette, ainda em fase inicial de desenvolvimento, deverá refletir as contribuições dessas três propostas e manter o equilíbrio entre tradição e inovação.

Fonte: Theverge, Topgear, Carscoops e Pistonheads.

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