Iniciou no último dia 1º o período oficial de colheita, transporte, venda e armazenamento do pinhão no Rio Grande do Sul. A data foi instituída pela lei estadual 15.915, de 22 de dezembro de 2022, que busca equilibrar a geração de renda com a preservação da Araucária angustifolia. A estimativa é de que a safra do pinhão neste ano alcance cerca de 860 toneladas. As informações são da Emater/RS-Ascar.
O município de Passa Sete, na região Centro-Serra, é um dos principais produtores do Estado. Conhecida como a capital do pinhão, a cidade promove ainda o Festival do Pinhão. Conforme Anderson Mateus da Silva, técnico em agropecuária e engenheiro ambiental que atua no escritório municipal da Emater de Passa Sete, a colheita no município e na região se intensifica a partir de maio e começa a diminuir em agosto.
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Em relação ao quantitativo da produção, a região deve se manter estável, assim como foi nos últimos anos. Segundo Anderson, não haverá quebra de safra. “Vamos ter uma boa produção, em virtude da conscientização dos exploradores”, explica.
A Emater destaca a legislação que estabelece que podem ser colhidos apenas pinhões maduros, em estágio deiscente e com coloração verde-amarelada ou marrom típica. Além disso, é proibido o corte da árvore nativa, que produz pinhas entre abril e junho.
Em Passa Sete, a venda ocorre de maneira local e regional. Dentro do município, se dá por meio de feiras e supermercados. Anderson diz que o produto é muito procurado, especialmente na época de inverno. “Tem toda uma mística por trás do consumo do pinhão, além de ser um alimento natural”, afirma.
O pinhão é a semente da araucária e é composto por casca e amêndoa. Anderson Mateus da Silva fala da importância da Araucária para a fauna brasileira, especialmente no Sul do Brasil. “Como fonte de alimento, é também uma planta que incrementa a biodiversidade.”
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Para saber
As previsões apontam para uma manutenção dos índices da safra anterior em alguns municípios, enquanto outros podem registrar crescimento entre 10% e 20%. No entanto, em determinadas localidades, a produção pode cair na mesma proporção, devido às condições climáticas.
“As secas recorrentes nos últimos anos, as chuvas abundantes no fim do inverno e início da primavera, além da alternância de produção característica da araucária, influenciam diretamente na colheita”, explica a engenheira florestal Adelaide Ramos, da Emater de Caxias do Sul.
As principais áreas produtoras incluem – além da Serra Gaúcha, Hortênsias e Campos de Cima da Serra – as regiões do Planalto, Serra do Botucaraí e Centro–Serra. “O produto está ligado à cultura e à tradição, e é importante na geração de renda e mesmo no sustento das unidades de produção familiares que trabalham com o extrativismo da semente”, observa o engenheiro florestal Antônio Borba, assistente técnico estadual da Emater/RS-Ascar.
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