Sarau celebra o Dia da Terra Palestina em Santa Cruz

Em referência ao Dia da Terra Palestina, celebrado em 30 de março, o Comitê pela Paz na Palestina, contra o Apartheid e o Genocídio realizou um sarau no fim da tarde desse domingo na Praça da Cultura, em Santa Cruz do Sul. A atividade contou com cerca de 50 pessoas, que participaram de uma leitura de poemas e textos de poetas palestinos e brasileiros alusivos à luta por justiça e paz para a Palestina. 

Um dos porta-vozes do comitê, Caco Batista, explicou que a comemoração de 30 de março é uma resposta a um roubo de terras que o governo de Israel cometeu na Galileia, em 1976. No ato, dez palestinos foram mortos e uma centena ficou ferida após uma greve geral.

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Caco acrescentou que entre os objetivos da ação – que também ocorreu em outros locais do Brasil – estava chamar a atenção do mundo sobre o genocídio que ocorre na Palestina. Ao mesmo tempo, mostrar às pessoas que os palestinos não são terroristas. “São crianças, mulheres, bebês e jovens que têm sonhos e estão sendo exterminados pelo simples fato de serem palestinos.” 

O Comitê pela Paz na Palestina, contra o Apartheid e o Genocídio conta com pelo menos 150 participantes em Santa Cruz, cerca de 50 deles integrantes da comunidade palestina. Esse é o caso de Camila Mansour, de 30 anos. Ela é nascida em Santa Cruz, mas filha e neta de palestinos. Sua irmã também nasceu na Palestina. Quando criança, Camila morou por um ano e meio no Estado e chegou a ser alfabetizada em árabe, além de ter se tornado muçulmana.

Camila viveu na Palestina na infância | Foto: Rodrigo Assmann

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Hoje, Camila mora em Santa Cruz e é professora na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Ela continua tendo ligação com seus familiares na Palestina e os visita quando pode. Falou sobre a importância de prestigiar eventos como o realizado pelo comitê, que busca homenagear a descendência palestina. “É uma forma cultural e artística de estar junto e falar sobre as nossas raízes”, disse. 

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