Santa Cruz se destaca na geração de vagas, com mais de 3,7 mil contratações formais em fevereiro

Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referentes a fevereiro mostram um início de ano promissor para o mercado de trabalho brasileiro. O país teve o melhor segundo mês, desde o inicio da série histórica em 2020. Santa Cruz do Sul, por sua característica produtiva, também apresentou desempenho expressivo, sendo com o segundo melhor fevereiro.

A diferença está nos setores que conseguiram melhores resultados. Enquanto no país os serviços seguem puxando a geração de vagas com carteira assinada, os santa-cruzenses são contratados pela indústria, sobretudo, a da transformação do tabaco. O município teve saldo positivo de 3.776. Comércio e agropecuária fecharam mais postos do que abriram, enquanto a construção civil, serviços e indústria ampliaram o estoque.

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Os dados apresentados pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, mostram que a sazonalidade continua definindo os resultados do levantamento feito mensalmente. O exemplo, além de Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires, que vivem período de contratação na indústria do tabaco, é Vacaria, que aparece na liderança estadual, levando-se em consideração o acumulado do primeiro bimestre do ano. Esse bom desempenho é reflexo de janeiro, pois em fevereiro o município do Norte do Estado não aparece nem entre os dez melhores.

A cadeia produtiva também tem reflexos em Vera Cruz. Entre os 16 municípios acompanhados pela Gazeta do Sul, Santa Cruz (3.776) liderou, seguido por Venâncio Aires (1.578) e Vera Cruz (243). Na parte de baixo está Encruzilhada do Sul, que fechou 63 postos de trabalho a mais do que abriu no segundo mês do ano.

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O melhor mês para o Brasil desde 2020

O Brasil fechou fevereiro com volume positivo de 431.995 empregos com carteira assinada. O dado é do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados divulgado nessa sexta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Segundo a pasta, esse é o maior volume mensal registrado na nova série histórica do sistema que começou a vigorar em 2020.

O resultado é fruto de 2.579.192 admissões e de 2.147.197 desligamentos. No acumulado do ano, foram 576.081 empregos formais. Já nos últimos 12 meses, houve 1.782.761 inscrições no Ministério.

Em relação ao estoque, a quantidade total de vínculos celetistas ativos, o país registrou, em fevereiro, 47.780.769 contratos, o que representa uma variação de 0,91% em relação ao estoque do mês anterior. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse que os números do segundo mês do ano são resultantes da política de investimentos e reindustrialização.

“Nós estimulamos um monte de investimento e esse é o resultado”, disse Marinho durante coletiva para apresentar os números na sede do Ministério em Brasília. Ele ainda falou a respeito de iniciativas em andamento. “Estamos com um programa de reindustrialização, estamos motivando que a indústria se prepare para produzir os equipamentos de saúde, em vez de importar. Ainda estamos com todo o debate sobre a transição climática, motivando investimento, queremos produzir SAF [siga para o Combustível Sustentável de Aviação] no Brasil para substituir o combustível poluidor das aeronaves”, afirmou.

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O maior crescimento do emprego formal no mês passado ocorreu no setor de serviços, com de 254.812 postos com carteira assinada, uma variação de 1,1% em relação a janeiro. Na Indústria, foram 69.884 contratações, variação de 0,78%. No comércio, foram geradas 46.587 vagas ou 0,44% a mais. Já na construção, foram 40.871 (1,41%) e na agropecuária outras 19.842 efetivações ou 1,08%.

O salário médio de admissão foi de R$ 2.205,25. Comparado ao mês anterior, houve uma redução real de R$ 79,41 no vencimento médio inicial, uma baixa na ordem dos 3,48%. A maioria das vagas foi preenchida por mulheres, que ficaram com 229.163, enquanto os homens ocuparam 202.832.

A faixa etária com maior saldo foi de 18 a 24 anos, com 170.593 registros. Dos contratados, 277.786 possuem ensino médio completo. Na divisão por faixa salarial, 312.790 vão receber até 1,5 salário mínimo. Em relação à raça/cor dos novos trabalhadores, 269.129 se enquadram como pardos, enquanto 189.245 se consideram brancos.

Rio Grande do Sul soma mais 57,6 mil contratos no bimestre

O Rio Grande do Sul registrou, em fevereiro, um saldo de 30,6 mil novos postos de trabalho com carteira assinada, resultado de 174,6 mil admissões e 143,9 mil desligamentos no mês. O resultado é positivo também para o primeiro bimestre do ano, período em que o estado chegou a 57,6 mil novas vagas formais. Já nos últimos 12 meses, o saldo registrado no Rio Grande do Sul é de 75,3 mil empregos. O estoque, ou seja, a quantidade total de pessoas formalizadas trabalhando ficou em 2,89 milhões de pessoas.

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Em fevereiro, o Rio Grande do Sul apresentou desempenho positivo em quatro dos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas. O destaque foi o setor da indústria, que terminou o mês com 16.013 vagas. Na sequência aparecem os serviços (12.954), o comércio (2.521) e a construção (1.375). Apenas o setor da agropecuária registrou queda no mês (-2.170).

No Estado, as novas vagas com carteira assinada foram ocupados, em sua maioria, por pessoas do sexo feminino (17.611). Pessoas com ensino médio completo foram as principais atendidas (12.966) com as vagas no Rio Grande do Sul. Jovens entre 18 e 24 anos são o grupo com maior saldo de vagas: 8.047.

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