Golpes com dados reais de vítimas crescem em Divinópolis e assustam moradores; veja como se proteger


Golpistas têm usado informações coletadas nas redes sociais para dar credibilidade aos crimes. Polícia Militar alerta sobre os principais tipos de golpe e orienta como se proteger. PM orienta população sobre novo golpe com uso de informações disponíveis na internet
Divinópolis tem registrado uma crescente onda de golpes aplicados por telefone, que vêm assustando moradores pela forma convincente como os criminosos agem. Eles usam informações verdadeiras das vítimas — como nome, endereço e dados da rotina — para dar credibilidade ao golpe e induzir transferências via PIX.
Em muitos casos, os golpistas se passam por criminosos, afirmam que a vítima teria feito uma denúncia e exigem dinheiro para não “retaliarem”. As informações usadas geralmente são retiradas de redes sociais.
Apesar de ainda não haver dados consolidados sobre o total de denúncias, a Polícia Militar (PM) informou que várias ocorrências foram registradas recentemente. Por isso, reforça a necessidade de mobilizar a população com orientações de prevenção. Veja dicas mais abaixo.
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Golpes aplicados de dentro de presídios
De acordo com a PM, em muitos casos, os golpistas atuam de dentro de presídios, utilizando celulares para entrar em contato com as vítimas, geralmente por meio de números descartáveis.
Essas ligações seguem um padrão: os criminosos utilizam informações reais das vítimas — como nome, endereço, rotina e até parentes próximos — para tornar o golpe mais convincente.
Nos fatos já registrados, alguns costumam envolver pedidos de dinheiro após ameaças com informações locais, como crimes ou atuações policiais de maior repercussão.
“Recentemente, tivemos um caso em que foi oferecido um suposto vale-desconto de gás. O criminoso levou uma ficha física para a vítima preencher com dados como telefone, RG, CPF e endereço. Com essas informações, os infratores criaram contas falsas e cadastraram chips para aplicar outros golpes”, explicou o major Alexandro César de Sousa.
“Em outro fato recente que a gente identificou em Divinópolis, a ligação partiu de um presídio em estado vizinho ao nosso. A vítima teve a cautela de registrar o boletim e assim conseguimos rastrear”, disse o major.
Uma das vítimas, que preferiu não se identificar, contou ao g1 que recebeu uma ligação de um DDD fora de Minas Gerais. O criminoso disse que ela havia denunciado um comparsa que estaria preso e pediu dinheiro para pagar a fiança.
“Recebi uma ligação e a pessoa falou o meu nome. Disse que eu havia denunciado um criminoso e que ele estava na delegacia preso. A pessoa do outro lado falou dados verídicos da minha vida para dar mais veracidade e ao final pediu um valor, que não me recordo, para pagamento de fiança do suposto criminoso que havia sido preso”, contou a vítima.
Como funcionam os golpes 🤳
Ligações falsas: os golpistas usam informações reais da vítima para fazer ameaças e exigir dinheiro, muitas vezes citando parentes.
Falsas ofertas ou cobranças: anúncios ou cobranças inexistentes, geralmente por produtos ou serviços, induzem o pagamento via PIX.
Como se proteger?
A PM orienta a população a adotar algumas medidas de segurança:
Nunca forneça dados pessoais ou bancários por telefone, mensagens ou e-mails.
Desconfie de pedidos urgentes de dinheiro, mesmo de contatos conhecidos. Confirme sempre por ligação ou presencialmente.
Evite divulgar informações pessoais nas redes sociais, como telefone, rotina e nomes de familiares.
Não clique em links desconhecidos recebidos por mensagens ou e-mails.
Em caso de dúvida, procure a PM pelo 190 ou vá a um posto policial. Também é possível registrar denúncias anônimas pelo Disque Denúncia Unificado: 181.
A corporação afirma que segue monitorando os crimes e que a colaboração da população, com o registro de denúncias, é essencial para coibir novas ações.
Golpe por telefone
Reprodução/RPC
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