Homens são detidos após coagir crianças em frente à escola

A Guarda Patrimonial e a Polícia Militar atenderam uma ocorrência de coação envolvendo alunos em frente a uma escola, em Rio Negro.

O caso aconteceu na rua Juvenal Ferreira Pinto, no bairro Seminário, na última semana.

Segundo informações da Guarda Patrimonial, os homens estavam sentados na via. Um deles, ao ver uma adolescente retornando da escola, levantou-se e foi em sua direção, com a intenção de importuná-la.

Quando a Guarda Patrimonial chegou ao local, o homem tentou investir contra o vigilante, sendo contido e algemado até a chegada da Polícia Militar. Ele estava visivelmente alterado e agressivo. O segundo homem fugiu, mas foi localizado pela PM nas imediações.

Conforme informações do boletim de ocorrência, os dois homens apresentavam sinais visíveis de embriaguez. A mãe de um dos envolvidos chegou ao local, afirmando que o filho sofre de transtorno mental bipolar, mas não quis acompanhar o filho até a 2ª Companha da Polícia Militar para o registro do boletim de ocorrência. Ela ainda alegou não poder fazer nada a respeito da situação do filho.

Vizinhos relatam preocupação

Pelas redes sociais, vizinhos relataram preocupação com a segurança dos alunos da escola. Segundo eles, os abordados permanecem frequentemente em frente à instituição, aparentando embriaguez e fazendo ameaças.

“Esses indivíduos entraram na casa do meu pai, em frente à escola, esses dias. Um deles pegou uma ripa e ameaçou o mesmo, foi conduzido, feito BO, foi feito um Termo Circunstanciado, marcada audiência, que duvido que o indivíduo compareça. Foi o máximo que pode ser feito naquele momento, a ameaça em si é contravenção penal, pois a Delegacia da Polícia Civil só consegue prender através de um crime. Novamente, aquele indivíduo e mais um invadiram a residência completamente embriagados, e novamente foram na escola, abordaram até crianças, novamente foram conduzidos, com apoio da patrulha municipal, foi lavrado mais um boletim, mas a mesma história, a delegada não consegue enquadrar, efetuar a prisão somente com isso”, escreveu Diego Weber nas redes sociais.

“Então, o interessante a fazer é cada pai interessado, ofendido e preocupado ir à Delegacia da Polícia Civil e fazer um boletim informando o nome do cidadão, pois com mais boletins e materialidade, talvez consigamos alguma medida mais rigorosa em desfavor dos mesmos”, completou Weber.

“Isso chega a ser vergonhoso, brincadeira, o cara foi preso na segunda e já foi solto. Estão esperando acontecer algo pior com as crianças para depois tomar providências. Prefeito, vamos fazer algo, coloca os guardas patrimoniais para cuidar da escola. Logo pode acontecer algo pior, e não dar tempo de eles chegarem a tempo”, desabafou Rafael Martins.

O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) foi informado sobre o caso, e os responsáveis pela unidade afirmaram estar cientes da situação, aguardando a documentação dos familiares para dar continuidade ao acompanhamento.

Caso reincidente

Dois dias antes, um dos homens já havia sido contido pela equipe da Guarda Patrimonial e detido pela Polícia Militar, no mesmo local.

Ele invadiu um terreno particular e ameaçou um morador com um pedaço de madeira.

Após sair do local, o autor foi até uma escola, na frente à residência, onde tentou perturbar funcionários e alunos.