Julgamento da denúncia contra Bolsonaro por tentativa de golpe deve terminar na manhã de quarta

O julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete por tentativa de golpe de Estado em 2022 deve terminar por volta do meio-dia e meia. O recebimento da denúncia é dado como certo, segundo ministros e auxiliares.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou, nesta terça (25), a primeira sessão para analisar se deve ser recebida a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Segundo fontes ouvidas pela reportagem, nesta terça, acontecerão a leitura do relatório da PGR e as sustentações orais, o que deve consumir cerca de duas horas e meia. No período da tarde, começam as votações preliminares dos ministros.
O colegiado vai decidir se o caso deve prosseguir e se transformar em uma ação penal. Se isso acontecer, Bolsonaro se tornará o primeiro ex-presidente réu por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação criminosa.
A 1ª Turma do STF é composta por: Alexandre de Moraes (relator), Cristiano Zanin, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia. Veja como será o rito do julgamento.
Além de Bolsonaro, mais sete são apontados como parte do ‘núcleo crucial’. Entre eles estão os generais Augusto Heleno e Braga Netto, Mauro Cid e o ex-ministro Anderson Torres.
Moraes, Dino e Zanin mantidos no caso
Bolsonaro e aliados tentaram afastar os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin do inquérito do golpe.
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Os três integram a Primeira Turma do Supremo, que será responsável por decidir se Bolsonaro e os demais se tornarão réus. O ministro Luiz Fux e a ministra Cármen Lúcia também fazem parte do colegiado.
O plenário virtual do Supremo analisou os recursos das defesas de Bolsonaro e dos generais Braga Netto e Mário Fernandes, que questionavam a imparcialidade dos ministros. Dez ministros votaram para manter Zanin no caso. No caso de Moraes e Dino, foram nove votos favoráveis à permanência deles e um voto divergente, do ministro André Mendonça.
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