Homem que matou venezuelano a tiros e arrastou corpo para dentro de bicicletaria vira réu por homicídio qualificado por motivo torpe


Crime foi no dia 3 de março, no Centro de Curitiba, e foi filmado por câmeras de segurança. Defesa afirma que espera que a sociedade reconheça a inocência de Jean e que ele seja absolvido. Após briga, homem é assassinado a tiros e tem corpo arrastado para dentro de bicicletaria
A Justiça aceitou nesta sexta-feira (20) a denúncia contra Jean Couan Kruger, suspeito de matar o venezuelano Guillermo Rafael de Maria Montes e arrastar o corpo dele para dentro de uma bicicletaria em Curitiba.
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Com isso, ele se tornou réu pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe.
O caso aconteceu no dia 3 de março e foi filmado por câmeras de segurança. Assista ao vídeo acima.
Por meio de nota, o advogado Jackson William Bahls Rodrigues, responsável pela defesa de Jean, afirmou que espera que a sociedade reconheça a inocência de Jean e que ele seja absolvido.
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Relembre o crime
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Reprodução/RPC
No dia do crime, câmeras de segurança filmaram o momento em que Jean discute com Guillermo.
Em seguida, eles entram em luta corporal. Durante a briga, Jean saca uma arma e dispara várias vezes contra Guilhermo, que cai no chão. O suspeito arrasta o corpo da vítima para dentro do estabelecimento e fecha a porta do local.
Após o crime, Jean fugiu. Na noite seguinte, 4 de março, após o período de flagrante, o suspeito se apresentou à Polícia Civil e disse que agiu em legítima defesa.
Ele também afirmou à polícia que foi ameaçado pela vítima que estava cobrando uma dívida dele e que a arma usada no crime era de Guillermo.
A polícia informou que Jean estava armado e que mentiu no depoimento sobre a arma ser do venezuelano.
A prisão preventiva de Jean foi decretada pelo Poder Judiciário. Ele foi encaminhado ao sistema penitenciário.
Suspeito já foi condenado por tentativa de homicídio de outro homem
Jean também já foi condenado a nove anos de prisão pela tentativa de homicídio de uma pessoa em situação de rua, em 2012.
Segundo a denúncia, Jean, na frente de um adolescente, agrediu a vítima com uma barra de ferro. Conforme o documento, o homem ainda arrastou a vítima, que estava desmaiada, até o meio da rua, e a agrediu com chutes na cabeça.
Em 2017, Jean foi julgado e condenado por corrupção de menores e tentativa de homicídio qualificado por meio cruel.
Ao longo do processo, Jean afirmou que as agressões foram motivadas pela suspeita de que a vítima traficava drogas e cometia furtos em frente a bicicletaria que pertencia a ele e ficava próxima ao Terminal do Guadalupe, em Curitiba.
Na fixação da pena, a juíza que analisou o caso afirmou que, insatisfeito com a situação ilícita, ele deveria ter acionado as autoridades competentes, mas preferiu “agredir a vítima brutalmente” e optou por “fazer justiça com as próprias mãos”.
Além disso, considerou também que Jean apresentava uma conduta social favorável, na medida em que trabalhava e “não demonstrava ser uma pessoa voltada à prática de crimes”.
Segundo o Tribunal de Justiça do Paraná, o processo foi arquivado em 2023. O órgão não informou o motivo do arquivamento.
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