Índice mostra indústria com recuo de 0,3% no Rio Grande do Sul

A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) divulgou nessa semana o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS). O levantamento apontou uma redução de 0,3% em janeiro no comparativo com dezembro de 2024. É o segundo resultado consecutivo com retração. Em relação ao mesmo mês de 2024, houve uma elevação de 3,2%.

“O resultado revela que a atividade no setor continua oscilante e praticamente estagnada desde julho de 2024, quando interrompeu o processo de recuperação das enchentes”, afirma o presidente da Fiergs, Claudio Bier. Na comparação mensal, apenas as compras industriais e as horas trabalhadas na produção subiram – 8,5% e 2,4%, respectivamente. A utilização de capacidade instalada (UCI) ficou em 80,8% em janeiro, ante 81,3% em dezembro.

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A maioria dos indicadores, porém, teve resultados negativos no período, com destaque especial para o faturamento real (-2,7%), a terceira queda consecutiva. Também recuaram a massa salarial real (-1,1%) e o emprego (-0,2%), que caiu após cinco altas seguidas. Já na comparação anual, todos os componentes do IDI-RS avançaram em janeiro em relação ao mesmo mês de 2024, com destaque para as compras industriais, com 12,6% de aumento.

Setorialmente, o ano também inicia com resultados positivos disseminados na comparação com o primeiro mês do ano passado, em dez dos 16 setores pesquisados. Os melhores desempenhos ficaram com equipamentos de informática e produtos eletrônicos, com 62%. Já químicos e derivados somaram 11,7%. O tabaco, por sua vez, liderou a maior queda no faturamento, com redução de 40,4%, seguido por couros e calçados (- 11,2%) e alimentos (-5,8%).

A indústria da transformação do tabaco também apareceu com saldo negativo em janeiro na relação de horas trabalhadas, com -1,1%. A massa salarial, no entanto, teve acréscimo de 5,5%.

A sazonalidade

A sazonalidade faz com que a indústria da transformação do tabaco apresente números bem diferenciados em relação aos demais setores. Em geral, nos primeiros meses do ano, a contratação é expressiva, para dar conta da safra, e coloca Santa Cruz do Sul entre os maiores geradores de emprego formal do Rio Grande do Sul.

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A expectativa do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região é de que sejam abertas mais de 9 mil vagas na temporada. O in´ício dessa movimentação é que teve um certo atraso.

O presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Valmor Thesing, reforça a característica sazonal do setor. “A redução da mão de obra trabalhada e consequente faturamento é resultado da diferença de sazonalidade das safras: enquanto o processamento da safra 2023/2024 já transcorria de maneira intensa em janeiro de 2024, em janeiro de 2025 o beneficiamento da safra 2024/25 ainda estava em fase inicial”, explica. Assim, o setor deve melhorar seus indicadores no próximo levantamento da Fiergs.

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