DNIT inicia escavações para construção de nova estrutura da ponte que desabou entre Aguiarnópolis e Estreito

DNIT inicia escavação para construção de ponte entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA) — Foto: Divulgação/DNIT

A etapa de escavações das obras para construção da nova ponte sobre o Rio Tocantins, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), foram iniciadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). A construção de caráter emergencial deve substituir a ponte que desabou em dezembro de 2024 e deixou 14 mortos, três pessoas desaparecidas e um ferido.

Após a demolição dos detritos remanescentes da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, as equipes deram início às escavações mecanizadas para implantação das fundações dos apoios, do lado do município de Estreito.

A ponte ligava os estados do Tocantins e do Maranhão desde os anos de 1960. Com diversos problemas estruturais, ela desabou no dia 22 de dezembro de 2024 causando mortes, deixando um ferido e desaparecidos. Dez veículos entre carros, motos, caminhonetes e carretas, estavam na estrutura quando ocorreu o desabamento.

Conforme o DNIT, a construção terá investimento de R$ 171,9 milhões do Governo Federal e será maior que a anterior. A travessia, quando concluída, terá 630 metros de extensão, dezenove metros de largura e um vão livre de 154 metros.

Além disso, a ponte contará com duas faixas de rolamento de 3,6 metros cada, dois acostamentos com três metros cada, barreiras de proteção do tipo New Jersey, dois passeios para pedestres e guarda-corpo em cada extremidade do tabuleiro. As sapatas de fundação serão concretadas in loco e na sequência serão executados os pilares.

Os serviços de implantação do canteiro de obras e mobilizações de equipamento e pessoal continuam sendo feitos na região. O órgão reforçou que segue o cronograma previsto, visando a entrega na nova ponte para o final deste ano.

Implosão

Implosão da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA) — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

O que sobrou da ponte foi implodido em fevereiro deste ano. O Consórcio Penedo – Neópolis, constituído pela Construtora A. Gaspar S/A e Arteleste Construções Limitada é responsável pela obra e tem o prazo para entrega de um ano. Foram usados 250 kg de explosivos em perfurações feitas na estrutura.

Os explosivos foram instalados em cada uma das plataformas, sendo posteriormente ativados com uma diferença de 3 segundos. Todo o processo levou cerca de 15 segundos.

Implosão da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA) — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

O procedimento exigiu a evacuação de uma área de segurança tanto do lado tocantinense como do maranhense. A Prefeitura de Aguiarnópolis, juntamente com a Defesa Civil, retiraram a população que mora na região uma hora antes da ação. A população foi autorizada a voltar 30 minutos após ser finalizada a implosão.

Vítimas

O desabamento da ponte JK deixou 18 vítimas. Desse número, o único sobrevivente foi Jairo Silva Rodrigues. Ele foi encontrado ferido no rio logo após o colapso da estrutura. Além dele, os corpos de outras 14 pessoas foram localizados.

Três pessoas continuam desaparecidas. Eles são Salmon Alves Santos, 65 anos, e o neto, Felipe Giuvannuci, de 10 anos, e Gessimar Ferreira da Costa, de 38 anos.

Veja quem são as vítimas encontradas no rio:

  • Lorena Ribeiro Rodrigues, de 25 anos, era natural de Estreito (MA) mas morava em Aguiarnópolis (TO);
  • Lorranny Sidrone de Jesus, de 11 anos. Ela estava em um caminhão que transportava portas de MDF, que saiu de Dom Eliseu (PA) e caiu no rio Tocantins;
  • Kécio Francisco Santos Lopes, de 42 anos. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, ele era o motorista do caminhão de defensivos agrícolas;
  • Andreia Maria de Souza, de 45 anos. Ela era motorista de um dos caminhões que carregavam ácido sulfúrico;
  • Anisio Padilha Soares, de 43 anos;
  • Silvana dos Santos Rocha Soares, de 53 anos;
  • Elisangela Santos das Chagas, de 50 anos. Ela estava em uma caminhonete, junto com o marido, o vereador Alison Gomes Carneiro (PSD);
  • Rosimarina da Silva Carvalho, de 48 anos;
  • Alison Gomes Carneiro, de 57 anos. Ele era vereador e estava na caminhonete com a esposa, Elisangela Santos, que também morreu na tragédia;
  • Cássia de Sousa Tavares, de 34 anos. O corpo dela foi retirado de dentro de um veículo. Ela viajava com a filha, Cecília de três anos e o marido, Jairo Silva Rodrigues. Apenas ele sobreviveu à tragédia;
  • Cecília Tavares Rodrigues, de 3 anos. A menina viajava com a mãe, Cássia e com o pai, Jairo Silva Rodrigues;
  • Beroaldo dos Santos, de 56 anos. O corpo dele foi localizado dentro da água, na cabine da carreta que transportava as 76 toneladas de ácido sulfúrico;
  • O mototaxista Marçonglei Ferreira, de 43 anos, que trabalhava na região;
  • Alessandra do Socorro Ribeiro, de 40 anos, natural de Palmas, no Tocantins. A identificação foi realizada em São Luís por meio de exame de DNA.

(Fonte: g1 Tocantins)

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