25ª edição da Copa Mitsubishi de Vela começa neste sábado (15)

Anote na agenda: no próximo sábado (15), todos os ventos soprarão para as águas de Ilhabela, litoral norte de São Paulo. Isso porque o arquipélago será o palco da histórica 25ª edição da Copa Mitsubishi – Circuito de Vela Oceânica, uma das mais tradicionais e disputadas competições de barco à vela do Brasil, que celebra 25 anos em 2025.

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A 1ª etapa da Copa Mitsubishi 2025 acontecerá, além de sábado, nos dias 16, 22 e 23 de março. As inscrições para participar da regata estão abertas no site oficial do evento, com uma taxa de R$ 185 por tripulante — que pode ser paga até o dia 15.

Foto: Aline Bassi/ Divulgação

Promovida desde o início da competição, em 2001, pelo tradicional Yacht Club de Ilhabela, a disputa conta com participantes que se dividem nas classes ORC, BRA-RGS, RGS Cruiser (antiga Bico de Proa), Clássicos, C30 e HPE25.

Todos em pé de igualdade

A vela, como esporte, se divide em “classes”, nas quais é possível agrupar veleiros com características diferentes para que possam competir em condições de igualdade entre si.

Foto: Aline Bassi/ Divulgação

Para compensar diferenças de projeto, mastreação, tipos de velas e equipamentos, fazendo com que veleiros diferentes possam competir em condições de igualdade, as classes da Copa Mitsubishi realizam as chamadas medições.

 

Neste caso, um medidor oficial confere as características dos veleiros e, de acordo com a regra, estabelece um rating. Este rating é um número que baliza o tempo ideal em que um veleiro com as características medidas deve velejar em um determinado tempo de regata.

Ao final da regata, o tempo real de chegada é multiplicado por este rating, determinando o tempo corrigido daquele veleiro. Isso faz com que uma grande embarcação de competição, equipada com as mais novas tecnologias, possa correr junto de um veleiro menor, mais antigo e menos equipado. Cada um deles tem o seu próprio rating e condições iguais de vencer a regata.

Saiba mais sobre as classes da Copa Mitsubishi 2025

Classe ORC

São veleiros oceânicos estritamente de competição, desenhados para regata e dotados dos mais modernos equipamentos, não necessariamente iguais entre si. São medidos na mais técnica e detalhada regra da vela mundial.

Classe BRA-RGS

A BRA-RGS contempla veleiros oceânicos com características de cruzeiro. Não é raro que possuam comodidades como cozinha completa, suítes e ar-condicionado. Em resumo, são veleiros de pessoas que gostam de competir com conforto.

RGS Cruiser

Na RGS Cruiser estão os veleiros com as mesmas características da RGS, com a diferença de que não estão medidos em nenhuma regra. Seus proprietários e equipes são, geralmente, cruzeiristas que esporadicamente disputam regatas.

Classe Clássicos

São veleiros fabricados até o ano de 1980. Geralmente embarcações muito bem cuidadas, com mastreação e casco de madeira, velas originais, equipamentos e características da época de sua construção.

Classe C30 e Classe HPE25

Ambas as classes agregam veleiros de competição rigorosamente iguais entre si (em cada classe). Usam os mesmos equipamentos e velas. Por isso não tem rating. Aqui o “pega” é mesmo para terminar a regata em primeiro lugar.

De geração em geração

No aniversário de 25 anos, não faltam histórias maravilhosas que envolvem a “Copa Mit”. Como é aberta para competidores de todas as idades, a competição reúne gerações da mesma família a bordo de um só barco, como no caso dos irmãos Mário Sérgio e Nilton César de Jesus, que hoje disputam regatas juntos de seus filhos e netos.

Foto: Aline Bassi/ Divulgação

Além disso, velejadores olímpicos e campeões, como Torben e Lars Grael, Bochecha, Maurício Santa Cruz, Samuel Albrecth, Martine Grael, Bruno Prada e Robert Scheidt já marcaram presenças na Copa Mitsubishi ao longo da história de 25 anos de uma das mais tradicionais regatas do país.

 

Para o diretor técnico da competição, Carlos Eduardo Sodré, o “Cuca”, o sucesso da Copa é fundamentado em aspectos como um trabalho consistente e persistente de todos os envolvidos na organização. Ele também ressalta os processos que envolvem a organização da longa disputa.

São quatro etapas durante um ano, e é preciso criar condições para que uma equipe se sinta incentivada a participar de todas, a fim de ter a chance de conquistar a vitória ao final da temporada– Carlos Eduardo Sodré

 

Por Áleff Willian, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida

 

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