Falta de médico especialista causa demora na cirurgia de jovem atropelada por ambulância

Maria Eduarda Monteiro, de 15 anos, aguarda uma nova cirurgia após ser atropelada por uma ambulância em Araguaína. A jovem fraturou as duas pernas e perdeu um dente no acidente, enquanto sua mãe, Adriana Inácio Monteiro, sofreu uma fratura exposta no tornozelo devido ao acidente.

Embora tenha passado por um primeiro procedimento cirúrgico, a demora para a segunda operação tem preocupado a família. As duas seguiam de moto quando foram atingidas por uma ambulância do Samu enquanto passavam pelo cruzamento das Avenidas Cônego João Lima e Castelo Branco, centro de Araguaína.

Segundo Adriana, a filha recebeu alta do Hospital Regional de Araguaína sem ter passado pela segunda cirurgia necessária. “Ela não fez a cirurgia porque dentro do Regional não tem especialista para operar ela. O caso dela foi um pouco mais complicado, porque teve rompimento de tendões e ligamentos, e ela vai fazer a cirurgia aqui mesmo. Depois da primeira reportagem, o secretário do município veio até minha casa e providenciou tudo para que ela fosse operada. Ela veio para casa porque não tinha mais necessidade de ficar no hospital. Agora, ela vai passar por uma avaliação esta semana para ver a evolução da perna, fazer novos exames e marcar a cirurgia. Graças a Deus, depois do apelo, conseguimos resolver, porque queriam levá-la para Palmas, mas isso seria inviável para nós, pois eu também estou com a perna operada. Mas confiamos no Senhor, e logo ela vai fazer essa cirurgia”, relatou Adriana.
Além da incerteza quanto à cirurgia, a família enfrenta dificuldades financeiras.

Adriana, que ainda se recupera do acidente, não consegue trabalhar e precisa de ajuda para custear medicamentos, fraldas e alimentação para a filha. Mãe e filha estão na casa dos avós de Maria Eduarda, localizada no setor Couto, Rua D, número 49.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde informou que a paciente encontra-se na fila de regulação para cirurgia ortopédica eletiva e a Pasta tem trabalhado para ampliar os procedimentos, em suas unidades, convênios com municípios e contratualizações de unidades privadas. A SES-TO destaca que, desde outubro de 2021, quase 50 mil pessoas já saíram da fila de espera da Central Estadual de Regulação (CER).

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