ONGs de Riomafra se unem em protesto contra os maus-tratos aos animais

Foto: Divulgação

 

 

Após uma série de casos de maus-tratos a animais em Rio Negro e Mafra, as ONGs da região se uniram para realizar um protesto contra os abusos que têm ocorrido nas cidades.

 

A manifestação será no dia 9 de março (domingo), às 17 horas, na praça Lauro Müller, no Alto de Mafra, organizada pelas ONGs Riomafra Pelos Animais, Anjos de Patas e Abrigo Amigo Fiel.

 

O evento foi convocado após o recente caso de violência em Mafra, que resultou na morte de “Pitucha”, uma cadela agredida por um morador de rua no sábado (1). A tragédia gerou grande comoção na comunidade e serviu como motivação para a mobilização.

 

Ao Riomafra Mix, as organizadoras das ONGs destacaram que o protesto tem como objetivo sensibilizar a população e exigir uma postura mais firme das autoridades locais e órgãos públicos. “Estamos revoltados com o que vem acontecendo em Riomafra. Mais um animal inocente perdeu a vida, e agora precisamos do apoio de todos para lutar por essa causa”, afirmou Elisângela Aparecida Faszank, fundadora do grupo Anjos de Patas.

 

Para a fundadora da Riomafra Pelos Animais, Natali Grohs, o aumento desses casos é alarmante. “Antes, os maus-tratos ficavam restritos a locais escondidos, mas agora estão ocorrendo no centro da cidade. Precisamos de leis municipais que protejam os animais, pois os agressores não têm mais receio de cometer esses crimes publicamente”, afirmou.

 

Patrícia Krzesinski, voluntária do Abrigo Amigo Fiel, acredita que a união da população pode reduzir a ocorrência desses abusos. “Se as pessoas se unirem, podemos diminuir os maus-tratos. Acredito que a conscientização fará com que aqueles que maltratam os animais pensem duas vezes antes de agir”, afirmou.

 

Casos são tratados na DIC

Segundo o delegado regional de Mafra, Cassiano Tiburski, os casos de maus-tratos são encaminhados para a Divisão de Investigação Criminal (DIC), que somou de julho a janeiro, 20 verificações de informações, três inquéritos policiais e um auto de prisão em flagrante.

 

“A DIC vem fazendo um trabalho especializado no atendimento aos animais, porém, a maior dificuldade é priorizar aqueles casos que realmente precisam de intervenção, já que a unidade tem um grande número de procedimentos, atendendo roubos, tráfico de drogas, sequestros e todos os crimes mais graves”, explica o delegado.

 

Relembre os casos

O caso que motivou o protesto ocorreu no sábado (1), quando um morador de rua de 25 anos, de origem paraguaia, foi preso em flagrante pela Polícia Militar após maltratar um cachorro até a morte em Mafra. Testemunhas relataram que o homem foi visto arrastando o animal amarrado a uma corda. Mesmo socorrido por um abrigo e levado a uma clínica veterinária, o cachorro não resistiu aos ferimentos.

 

Ainda, na última semana, uma mulher de 35 anos foi indiciada por maus-tratos, em Mafra. A mulher havia sido presa em flagrante em outubro de 2024, após a Polícia Militar encontrar um cachorro em situação de maus-tratos, com problemas de saúde, incluindo bicheira. O animal foi resgatado e encaminhado a um abrigo, mas morreu poucas horas depois.

 

Além disso, em Monte Castelo, um homem foi indiciado após a polícia encontrar um cachorro acorrentado e com um profundo corte no pescoço, indicando maus-tratos.

 

Como denunciar?

O delegado Cassiano Tiburski informou que as denúncias podem ser feitas de forma online, no site da Polícia Civil de Santa Catarina, ou presencialmente na delegacia.

 

Para denunciar de forma anônima, basta acessar a “Delegacia Virtual” no site, clicar em “Comunicar Central de Denúncias” e selecionar a opção “Denúncia Anônima” ou ligar para o número 181.

 

Para denúncias presenciais, basta comparecer à delegacia local e informar a ocorrência, que será encaminhada à DIC.

 

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