Cidades do Sul de Minas miram desenvolvimento náutico do Lago de Furnas

O Lago de Furnas, frequentemente chamado de “Mar de Minas”, destaca-se como um dos principais polos de desenvolvimento náutico em Minas Gerais. Com uma orla de aproximadamente 3.500 km, superior à extensão litorânea brasileira, o lago oferece um vasto potencial para atividades náuticas e turísticas.

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Além disso, abriga a maior marina de água doce da América Latina, localizada em Capitólio, e o único farol em águas interiores do Brasil, situado em Formiga.

 

O turismo náutico na região tem sido impulsionado por iniciativas que buscam estruturar e fortalecer a cadeia econômica local. Em março de 2021, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) promoveu uma reunião do Grupo de Trabalho em Prol dos Lagos de Furnas e Peixoto.

Barragem de Furnas. Foto: Wikimedia Commons/ Creative Commons/ Reprodução

Nesse encontro, o consultor Antônio Carlos Mendonça Nunes apresentou a importância do turismo náutico para o desenvolvimento socioeconômico regional, destacando a necessidade de integração entre restaurantes, clubes, postos de combustível, empresas de turismo e associações civis.

Já em 2022, a Empresa de Desenvolvimento Regional do Sul de Minas (EDERSUL) realizou um evento que abordou o tema desenvolvimento náutico, reforçando a importância de investimentos e políticas públicas voltadas para o setor. A iniciativa trouxe discussões fundamentais sobre infraestrutura, sustentabilidade e oportunidades de negócios no Lago de Furnas.

Canyon Cascata Eco Parque, em Capitólio. Foto: Wikimedia Commons/ Creative Commons/ Reprodução

Para consolidar e ampliar essas discussões, está previsto para outubro de 2025 o IX Congresso de Integração para o Desenvolvimento Sustentável no Sul de Minas Gerais (CONGRESUL). Organizado pela EDERSUL, o evento terá como foco principal o turismo náutico no Lago de Furnas.

Canyons de Furnas. Foto: Wikimedia Commons/ Creative Commons/ Reprodução

O congresso reunirá autoridades, especialistas, empresários e membros da comunidade local para debater estratégias de desenvolvimento sustentável, políticas públicas e investimentos necessários para potencializar o setor náutico na região.

Canyons de Furnas. Foto: Wikimedia Commons/ Creative Commons/ Reprodução

Ter a oportunidade de unir gestores públicos, empresários e investidores para fazer um planejamento de um atrativo tão importante para o Brasil, pensando no turismo e na cadeia produtiva do setor náutico, será um marco histórico. Esse movimento nos mostra que o país despertou para o setor e reconhece o enorme potencial do turismo náutico como vetor de desenvolvimento econômico e social.

 

Além disso, a recente nomeação do atual prefeito de Capitólio como presidente da associação reforça o compromisso da região com o desenvolvimento do turismo náutico e a implementação de políticas estratégicas para fortalecer o setor.

Queda d’água Fecho da Serra, em Capitólio, Minas Gerais. Foto: Wikimedia Commons/ Creative Commons/ Reprodução

A expectativa é que, por meio do planejamento conjunto e da implementação das ações discutidas no congresso, a região alcance um novo patamar de desenvolvimento econômico e social, beneficiando comunidades locais e atraindo visitantes de diversas partes do mundo.

 

Mestre em Comunicação e Gestão Pública, Bianca Colepicolo é especialista em turismo náutico e coordena o Fórum Náutico Paulista. Autora de “Turismo Pra Quê?”, Bianca também é consultora e palestrante.

 

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