Ah!, as palavras…

Em dezembro passado, escrevi aqui sobre o poder da escuta. De modo geral, falei sobre o lugar que nos dispomos a ocupar quando paramos, verdadeiramente, para ouvir o que alguém tem a dizer. Nesses últimos dias, depois de uma pessoa me falar “como é bom conversar contigo!”, parei para refletir ainda mais sobre o poder das palavras. Aliás, abrindo rápido parênteses, quem já não ouviu a frase “as palavras têm poder”? Pois, de fato, elas têm. Apesar de sempre ter tido facilidade de dar vazão ao que sinto e ao que penso através da escrita, “costurando” literalmente uma palavra à outra, percebo a grandeza e o impacto da fala.

Já reparou que, numa única conversa, usamos diversas entonações de voz? Em poucos minutos, podemos interagir com alguém em tom de concordância, discordância, elogio, argumento, conclusão ou de exclamação, como ilustrado no título acima. Já reparou também que cada tom vai soar de maneira diferente para quem te ouvir? E que em toda troca com alguém existe a oportunidade de oferecer algum conforto ou incentivo?

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É justamente esse o poder das palavras. Simplesmente observe a expressão de quem está te ouvindo, observe como soam as tuas falas. Perceba que, a todo instante, é possível arrancar sorriso de um rosto triste, reiterar a capacidade de quem está inseguro, se fazer presente. Há algum tempo li uma citação da autora Fran Ximenes, que fala justamente sobre isso. Ela diz: “Usa o teu tempo para propagar coisas boas. Para falar o que convém. Para fazer alguém melhor. Para sorrir. Para crescer espiritualmente.Para compartilhar alegrias. Para ser ponte, elo e laço de amizade e amor. Há muitos que te precisam assim”.

Sempre que releio, sublinho o trecho “há muitos que te precisam assim”. Esse lembrete, que pode ser interpretado quase como um apelo, demonstra o quanto somos capazes de fazer mais e melhor e o quanto podemos ser instrumento de acolhimento para alguém. E as nossas possibilidades para tanto são infinitas. Particularmente, penso que atitudes simples têm efeito curativo gigantesco. Como exemplo, me valho de palavras que anotei, em meados de 2018, enquanto assistia ao filme Extraordinário, uma adaptação do best-seller da autora R.J. Palacio.

A mensagem do filme faz jus ao próprio nome e é um exemplo do quanto as palavras, quando empregadas com a intenção de despertar o melhor das pessoas, são transformadoras. No meu lugar da plateia, tirei como lição os trechos que seguem:

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– A grandeza não está em ser forte, mas no uso correto da força, pois grande é aquele cuja força conquista mais corações pela atração do próprio coração;

– Carregamos conosco, como seres humanos, não apenas a capacidade de ser gentil, mas a opção pela gentileza;

– Todo mundo deveria ser aplaudido de pé pelo menos uma vez na vida, porque todos nós vencemos no mundo;

– Todos somos especiais e cada um tem suas dificuldades;

– Enxergue o outro além da sua aparência;

– Nunca se sabe o que o outro está enfrentando. Então, seja gentil e ouça as pessoas antes de julgá-las.

Essa última anotação remete novamente aos lugares que nos dispomos a ocupar no convívio com quem quer que seja. Lembre que precisamos, todos, uns dos outros. Por isso, quando estivermos com a palavra, escrita ou falada, que seja para inspirar e edificar. Afinal, também somos tudo aquilo que despertamos no coração das pessoas. E aí, isso te serve de estímulo?

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