Deputado Marcelo Moraes destaca que bancada gaúcha focará em saúde e agricultura neste ano

O deputado federal Marcelo Moraes (PL) assumiu a liderança da bancada gaúcha no Congresso Nacional neste ano. Terá a responsabilidade de coordenar o grupo, que é formado por 31 deputados federais e três senadores com diferentes correntes ideológicas. Em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9, adiantou que o foco dos parlamentares será atender questões das áreas da saúde e agropecuária.

Para isso, as destinações de recursos já foram definidas. A bancada atuará com orçamento de cerca de R$ 500 milhões, sendo que R$ 180 milhões serão para a saúde e outros R$ 150 milhões para o agro. “Ainda tem município com dificuldade de melhorar as condições dos agricultores em fazer acesso”, destacou.

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Os congressistas devem atuar, adiantou Moraes, na busca de soluções para os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). Duas das ações tomadas pelo Palácio do Planalto prejudicam o Rio Grande do Sul. Uma delas é a necessidade de que o Estado que assinar abra mão dos benefícios do Regime de Recuperação Fiscal. Ocorre que o governo gaúcho, durante a cheia, conseguiu o benefício de não pagar a dívida por três anos – revogar essa possibilidade pode significar prejuízo bilionário para o Rio Grande.

Outra situação apontada por Moraes é o impedimento de que os gaúchos amortizem a dívida com as contribuições para o Fundo de Desenvolvimento dos Estados do Nordeste. A Fazenda estadual paga R$ 5 bilhões e poderia reduzir débitos, além de fazer investimentos em diferentes áreas. “Ao longo de anos, colocamos esse valor para ajudar. Estamos penando com essa dívida gigantesca, que nos prejudica.”

O deputado citou ainda a estranheza na forma como o débito com a União foi ampliado. O capital seria de R$ 9 bilhões, o governo já pagou R$ 50 bilhões e ainda deve R$ 90 bilhões. Esse questionamento também deve ser levantado.

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Todo esse trabalho e outros que devem ser desenvolvidos durante o ano demandam, esclareceu Moraes, a busca pela convergência. “O Dionilso Marcon, que é do PT, era o líder no último ano. Ele trabalhou muito pelo Rio Grande. Nos momentos difíceis conseguiu agilizar a entrega de máquinas, que estavam previstas para outro ano. Na bancada conseguimos levar o que era do interesse do Estado”, frisou.

Além da atuação conjunta, o santa-cruzense reforça que há questões de cada parlamentar. Citou o anúncio que fará, ainda em março, de R$ 22 milhões em emendas para o Município. No último ano encaminhou em torno de R$ 10 milhões, principalmente, para os hospitais.

Projeto para beneficiar agricultores

Marcelo Moraes encaminhou, nessa semana, e deve solicitar aos colegas que aprovem urgência para tramitar mais rapidamente, projeto destinado aos produtores rurais do Rio Grande do Sul, que vivem em municípios com decreto aprovado de situação de emergência. O texto prevê a suspensão de pagamentos de qualquer parcela de dívidas de 2025, agora, para que não fiquem negativados e consigam procurar as instituições financeiras em seis meses, para repactuação.

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