Quando a política atrapalha

Em Brasília, a preocupação é se vai avançar a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros 33 de seu grupo político ou se a aprovação do governo Lula seguirá em queda livre, como nas últimas pesquisas. Parecem ter esquecido que o Brasil precisa deles para continuar andando. E um exemplo disso é a suspensão dos financiamentos subvencionados na agricultura, em função do fato de que o orçamento de 2025 ainda não foi votado – e ficará apenas para depois do Carnaval. Certo está o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), ao dizer: “Ou os parlamentares se dignifiquem em representar o povo ou não merecem os votos que os colocaram lá”. Aproveitou para passar o pito nos deputados, dizendo que não é frouxo e aquele ambiente não é um jardim de infância. Verdade que vendo ele falar e a forma como puxou a orelha dos colegas, parecia uma creche.

Os esperados nomes

A Gazeta recebeu muitos contatos, desde os primeiros dias do governo Sérgio Moraes (PL)/Alex Knak (MDB), sobre quais seriam os nomes indicados para assumir as subprefeituras. A preocupação dos leitores evidencia a lógica de que quanto mais próximo estiver o poder público, mais ele é necessário e acessado. Isso vale para quando o debate é em relação às responsabilidades do presidente, do governador e dos prefeitos. Os dois primeiros atuam com mais recursos, com maior estrutura, mas é na porta da último que o cidadão bate para dizer que precisa de mais agilidade na saúde, mais qualidade na educação e menos buracos na ruas. Nessa semana a administração liberou os nomes: Paulo Gilberto Martines, em Boa Vista; Ademar Pedro Henn, no Alto Paredão; Bruno Barbosa Barreto, em Linha Santa Cruz; Evaldo Gabe, no Rio Pardinho; e Jair Schwertz, em Monte Alverne. Falta apenas São José da Reserva.

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Destaques em quantidade

Um dos mecanismos protocolares dentro do regimento da Câmara de Vereadores é o pedido de destaque para algumas proposições. Como o nome sugere, ganha destaque no processo de votação. Na última sessão, os novos legisladores elencaram uma série de destaques, o que faz com que o tempo de votação fique ainda mais estendido. A presidente Nicole Weber (Podemos) lembrou que essa medida não precisa ser vinculada a todo documento apresentado. Não se trata do apontamento de um erro, claro. Foi só uma dica para quem chegou na Casa há pouco.

Argumentação prévia

A presidente da Câmara, Nicole Weber (Podemos), anunciou na sessão de segunda-feira que iria a Brasília para acompanhar o evento da União Nacional dos Vereadores e aproveitaria a oportunidade para cumprir agenda em quatro ministérios e gabinetes do Congresso Nacional. Falou sobre isso para dizer que esse tipo de viagem costuma gerar polêmica, porque é custeada com recursos públicos e tem o pagamento de diárias. Antecipou, porém, que são oportunidades para a busca de recursos para o Município. Um dos gabinetes visitados foi o do seu noivo, o deputado federal Covatti Filho (PP), com quem conseguiu a reserva de R$ 1,3 milhão para investimento no Hospital Santa Cruz.

O debate continua

Era de se imaginar que a entrevista da ex-prefeita Helena Hermany (PP) na Rádio Gazeta repercutiria no Legislativo. Teve respostas contrárias da base do atual governo e a defesa do progressista Jair Eich. Houve, nos bastidores, a proposta de um debate entre Helena e Sérgio Moraes (PL) para falar sobre déficit e superávit.

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