Lavouras entram em etapa final no Vale do Rio Pardo

Com algumas lavouras prontas, a etapa da colheita do arroz no Vale do Rio Pardo já começou em parte dos municípios. Diferentemente da soja, que sofre com a falta de chuva, o arroz é irrigado e não passa por estresse hídrico relevante. Assim, as projeções dos produtores e do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) são boas, com previsão de safra cheia e retorno financeiro satisfatório em razão do preço do grão no mercado nacional.

Segundo o engenheiro agrônomo José Fernando Andrade, responsável pelo 27º Núcleo de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nate), há um início de colheita em Cerro Branco e em Candelária, com previsão de que mais orizicultores comecem na próxima semana. O escritório atende ainda Novo Cabrais, Candelária (sede), Vale do Sol, Vera Cruz, Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires e Cruzeiro do Sul. A etapa vai ganhar força no fim de fevereiro, quando mais de 20% dos agricultores estarão em colheita.

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Andrade explica que a expectativa de produtividade é muito boa e isso se deve às estratégias adotadas pelos produtores, que semearam prevendo a estiagem e conforme as possibilidades de irrigação. No momento, a maioria das lavouras está em fase de maturação final, período em que a radiação solar é mais necessária e está sendo suprida na totalidade. Época correta de semeadura, manejo adequado, adubações, controle de pragas e coberturas de nitrogênio também contribuíram para o sucesso da cultura no ciclo 2024/2025.

Situação semelhante é relatada pelo chefe do 5º Nate, Ricardo Tatsch. O escritório, localizado em Rio Pardo, atende também Pantano Grande e Passo do Sobrado. Segundo o profissional, as lavouras foram muito bem conduzidas e apresentam bom potencial produtivo.

Apesar da escassez de chuva, a irrigação feita com água do Rio Pardo deu conta das necessidades das plantas e não há problemas em relação a isso. “A colheita está iniciando agora e ainda será devagar em fevereiro. Vai se intensificar muito em março e a previsão de conclusão é abril, mais para o fim do mês”, detalha.

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A produtividade em toda a região tende a ser muito satisfatória, com mais de 8 mil quilos por hectare em média, afirma José Fernando Andrade. “Os preços têm se mantido bons, com o mínimo de R$ 95,00 pela saca de 50 quilos, e em algumas localidades ultrapassa os R$ 100,00.” Os municípios atendidos pelo 5º Nate somam 12.540 hectares plantados, enquanto o 27º Nate tem 12.560. No total, são 25.100 hectares no Vale do Rio Pardo.

Área semeada aumentou 7,8% em relação à safra passada

O Instituto Rio-grandense do Arroz (Irga) apresentou na manhã de terça-feira os dados da semeadura da safra 2024/2025. A divulgação ocorreu durante coletiva com jornalistas no Auditório Frederico Costa, durante a 35a Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, em Capão do Leão. Estiveram presentes o presidente da autarquia, Rodrigo Warlet Machado; a diretora técnica Flávia Miyuki Tomita; o gerente da Assistência Técnica e Extensão Rural, Luiz Fernando Siqueira; a meteorologista Jossana Cera e técnicos do Irga, além de autoridades.

A área total semeada com arroz no Estado foi de 970.194 hectares, com um aumento de 7,8% em relação à safra passada (69.991 hectares). Todas as regiões do Rio Grande do Sul registraram aumento da área semeada: Fronteira Oeste, 8,61%, Campanha, 7,58%, Zona Sul, 8,91%, Região Central, 4,82%, Planície Costeira Interna, 6,33%, e Planície Costeira Externa, 8,69%.

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