Coordenador do DSEI Cuiabá é exonerado após protestos sobre precariedade da saúde indígena em MT


Na terça-feira (19), indígenas fizeram protestos para cobrar mudanças na gestão do distrito sanitário especial de Cuiabá, que atende aldeias em 23 municípios. Ex-coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Cuiabá, Aldi Gomes.
Reprodução
O Ministério da Saúde exonerou nesta quinta-feira (20) o coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Cuiabá, Aldi Gomes. A portaria consta no Diário Oficial da União (DOU) e é assinada pela ministra da Saúde Nísia Trindade.
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O g1 tenta contato com o ex-coordenador.
Nessa terça-feira (19), indígenas fizeram protestos para cobrar mudanças na gestão do distrito sanitário especial de Cuiabá, que atende aldeias em 23 municípios. A justificativa é a precariedade do atendimento de saúde.
Em nota, o ex-coordenador reconheceu os problemas estruturais no atendimento de saúde nas aldeias, destacando que esses desafios se arrastam desde a gestão anterior. Ele afirmou ainda que enfrentou falta de orçamento no primeiro ano de sua administração, mas tem se empenhado para reestruturar questões básicas.
Além disso, informou que está realizando uma licitação para a aquisição de veículos novos e que a compra de medicamentos está sendo normalizada.
As 10 lideranças e a Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (FEPOIMT) continuam mobilizadas no DSEI Cuiabá para tratar da indicação e nomeação de outra pessoa para o cargo. O consenso entre elas é que precisa ser um indígena nessa função.
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Em janeiro, indígenas da etnia Enawenê Nawê se deslocaram até Cuiabá, para cobrar soluções para a precariedade do atendimento de saúde prestados às aldeias que abrange áreas dos municípios de Juína, Sapezal e Comodoro.
Desde o início do ano, os indígenas reclamam da precariedade do atendimento, feito em contêineres sem ventilação, além da falta de materiais e de ambulância.
Na época, Aldi Gomes informou que a comunidade é seminômade e muda de local frequentemente, com isso a dificuldade de acesso e a burocracia dificultam a implementação de projetos.
De acordo com a comunidade, o Distrito Sanitário Indígena (DSEI) de Cuiabá, enviou contêineres para funcionamento de posto de saúde, mas falta refrigeração. Por causa do calor, os profissionais e os pacientes não conseguem ficar no local. Além disso, um dos contêineres chegou danificado e não tem uso.
Outra cobrança é a construção de poços artesianos e o envio de veneno para combater uma infestação de ratos, que colocam em risco a saúde de quase 1.500 indígenas.
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