Os Caminhos do Tabaco: Falta de chuva castiga o tabaco em São Francisco

O céu ficou carregado nessa quarta-feira, 12, na região central do Rio Grande do Sul. Nas rodovias, via-se ao longe a formação das nuvens escuras em um prenúncio de que a chuva, finalmente, daria as caras. Os olhos dos agricultores brilharam com essa expectativa. Em algumas partes, de fato, a precipitação surpreendeu. Chegou em bom volume, mas em pouco tempo. Há esperança de que volte logo.

Toda essa ansiedade foi percebida na quinta propriedade visitada pela equipe da 10ª Expedição Os Caminhos do Tabaco. Na localidade Taquari, em São Francisco de Assis, José Délcio Alves Ramos, a esposa Luciane Maier Lamberti, a filha Jaine Lamberti Corrêa e o genro Elias de Almeida Pereira olhavam para o céu com esperança. Mas vieram apenas alguns pingos.

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A preocupação é maior, tendo em vista que, desde o início de dezembro do ano passado, houve uma sequência de 48 dias de chão seco. Além disso, o calor foi intenso, dificultando a colheita dos 130 mil pés de tabaco Burley. Eles vão bem cedo para a lavoura e ficam até próximo do meio-dia. Depois disso, não tem como suportar a intensidade do sol.

E o problema é que metade do que foi plantado ainda está na roça, porque precisaram fazer plantio escalonado, em função do tamanho do galpão para a secagem e da questão da mão de obra. Dessa forma, conseguem fazer tudo entre os dois casais. Mantendo-se o clima como está, acredita Ramos, a tendência é que levem ainda em torno de 70 dias para tirar todo o tabaco da lavoura.

Tabaco garante desenvolvimento da família

A família de José Délcio Alves Ramos chegou à localidade de Taquari há mais de 20 anos. Desse período, são 19 de dedicação à produção de tabaco – primeiro da variedade Virgínia, depois misturando e, desde 2015, intensificando até ficar somente com Burley.

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Indiferentemente do tipo, uma certeza eles têm: esse produto é o responsável pelo desenvolvimento da família, que construiu moradia ampla e agora ergue a segunda casa, onde vão morar Jaine Lamberti Corrêa e Elias de Almeida Pereira.

Família trabalha unida com o objetivo de assegurar o crescimento da propriedade

Eles também atuam na criação de gado, mas o tabaco tem tanta relevância na propriedade que eles estão produzindo conteúdo para as redes sociais falando sobre a cadeia produtiva. Podem ser acompanhados na página O Produtor de Fumo. Com o trabalho de toda a família, conseguem ampliar a produção e os resultados. Mesmo com as perdas deste ano, não passa nem por perto da localidade de Taquari a ideia de mudar de setor.

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