Os Caminhos do Tabaco: produtores colhem os bons resultados da diversificação

Jairo Boing, de 29 anos, é da quarta geração de sua família nas terras de Serra da Abelha, em Vitor Meireles, Santa Catarina. Desde seu bisavô, os Boing trabalham com tabaco e a tendência é que continuem. O jovem sabe que está nesse cultivar o suporte para incrementar a propriedade com novidades, como a produção de uva, que virou realidade em 2016.

Boing não atua sozinho. Na sua área é auxiliado pela esposa Luana Kaleski, 28 anos, que divide as tarefas. Assim, conseguiram criar uma estrutura com restaurante e espaço para os visitantes degustarem uvas e levarem para suas casas. Passaram a integrar o roteiro de turismo rural Caminhos do Campo, premiado nacionalmente.

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O investimento no parreiral teve como “avalista” a plantação de tabaco, que já foi colhida, na safra atual. Agora, a dedicação é complementar a colheita das uvas. São12 variedades, com destaque para Niágara, Vitória, Isis e Bordô. Desses frutos são produzidos suco e vinho e abastecidos mais de cem supermercados de Santa Catarina e do Paraná.

“Quando iniciamos com as uvas disseram que éramos loucos, porque é no tempo semelhante da safra do tabaco, mas estamos conseguindo resultados excelentes”, diz. Na entrada da propriedade, dá para ver os 2,4 hectares com parreiral coberto e observar o resultado do trabalho com o tabaco, somando 118 mil pés da variedade Virgínia.

Propriedade é resultado do trabalho familiar

Um exemplo de trabalho conjunto pode ser encontrado na localidade de Waldheim, em Witmarsum, Santa Catarina. A família do produtor e músico Valério Nunes foi para lá quando ainda não havia estrutura, tendo que abrir caminho como os colonizadores. Uma de suas filhas é Taize Nunes, que se casou com Geovane Brunner.

O genro também tem histórico na produção de tabaco, com sua família, e seguiu na atividade. Uniram esforços e conseguiram garantir boa produtividade. Neste ano ano a lavoura deve representar números positivos do trabalho conjunto da família.

Valério, Geovane e Taize formam um grupo de trabalho na propriedade da família

Eles tentaram diversificar com o gado leiteiro, mas ficou inviável. Geovane optou, então, por criar gado de corte ou leiteiro, mas apenas para venda, pois o terreno é muito íngreme e dificulta o manejo. Taize encontrou sua forma de garantir uma renda extra e complementar o orçamento. Montou próximo ao galpão uma loja de roupas e perfumes. Associa suas tarefas na lavoura ao atendimento das clientes no dia a dia.

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