Revisão do PCCR da Educação é debatida com educadores da rede estadual em Palmas

Plenárias já foram realizadas nas Superintendências Regionais de Educação de Paraíso do Tocantins, Pedro Afonso, Porto Nacional e Gurupi – Foto: Seduc/Governo do Tocantins

Cerca de 400 educadores participaram do diálogo que visa a construção do PCCR

A Secretaria de Estado da Educação segue promovendo uma série de reuniões para discutir a revisão do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) com os servidores da educação. Após quatro encontros nas superintendências regionais de Paraíso do Tocantins, Pedro Afonso, Porto Nacional e Gurupi, a proposta tem sido bem recebida pela maioria dos profissionais. Nessa terça-feira, 11, foi a vez dos educadores de Palmas participarem da discussão, em uma reunião realizada na Escola Estadual Elizângela Glória Cardoso.

“Temos um plano focado na carreira, com avanços significativos em relação às revisões feitas anteriormente, colocando o profissional da educação do Tocantins entre os cinco melhores do Brasil”, destacou o secretário de Educação, Fábio Vaz, que tem participado ativamente das reuniões e ouvido as demandas dos servidores.

Entre os avanços apresentados está o aumento da amplitude salarial da licenciatura, que passou de 43% para 93%. O plano também prevê reajustes de 7% a cada progressão horizontal (tempo de serviço) e de 9% nas evoluções verticais (titulação). “Aliado a isso, temos a data-base, que vem sendo paga em dia pelo Governo do Estado, e a gratificação do PROFE, garantindo um ganho real nos salários e proteção contra a inflação”, acrescentou Fábio Vaz.

Iniciativa aprovada

Em Palmas, cerca de 400 educadores participaram do momento de diálogo, entre eles o professor Gean Reis, efetivo na rede estadual desde 2010. Para ele, a iniciativa de ouvir os profissionais é um marco na história da educação do Tocantins. “Estamos vivendo um momento inédito na educação. Esse diálogo aberto permitiu que cada servidor pudesse expor suas propostas, ao mesmo tempo, em que conhecemos os avanços apresentados pela gestão. Eu posso falar com propriedade, pois sou concursado desde 2010 e a última progressão que recebi foi em 2013. Agora, estou na letra e no nível certos. Vejo que este é um grande avanço e acredito que teremos um PCCR de qualidade, que atenderá às necessidades dos professores”.

Para o professor Arisvaldo da Silva, formado em Letras, o diálogo é essencial para a construção do plano de forma democrática. “A discussão sobre o plano de carreira é um dos momentos mais importantes para a educação. Quando o processo é construído com participação, ele se torna muito mais justo e eficiente. Isso é democracia, na prática”.

O professor Otto Teixeira, que leciona na Escola Estadual Liberdade, também enfatizou a relevância da iniciativa. “Independentemente de posicionamentos individuais, nossa categoria precisa ser ouvida e valorizada. Temos um canal aberto de comunicação, algo que nem sempre aconteceu no passado. Isso fortalece nossa profissão e melhora as condições de trabalho”.

Maioria de efetivos

Com a realização do último concurso da Educação, em 2023, o Estado dobrou o número de efetivos e reduziu em 60% o número de contratados. “Hoje temos a grande maioria de professores concursados que apostaram numa carreira estável e previsível, e é isso que vamos oferecer a esses profissionais: um aumento imediato nos vencimentos, considerando também a titulação no início da tabela para quem já tem especialização, mestrado ou doutorado”, detalhou o secretário.

O Tocantins ficou 14 anos sem realizar concursos, e a última revisão do PCCR foi em 2014, com poucos avanços. “Esta revisão é uma conquista e faz parte da estratégia de transformação da educação. Não existe transformação sem valorização dos professores e demais profissionais”, finalizou o secretário.

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