“Adiamento das aulas não causará prejuízo”, afirma diretora do 18º Núcleo do Cpers

Durante entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9 A diretora do 18º Núcleo do Cpers Sindicato, Cira Kaufmann abordou sobre a recente decisão judicial que adiou o início do ano letivo na rede estadual do Rio Grande do Sul para a próxima segunda-feira, 17. A medida foi tomada nesse domingo, 9, após uma ação movida pela direção do sindicato contra o governo do Estado, devido às altas temperaturas previstas para esta semana, que colocariam em risco o bem-estar de alunos e funcionários.

Conforme Cira, em uma reunião na quinta-feira, 6, na Casa Civil, que tinha como foco discutir o não pagamento da penosidade aos funcionários de escola referente ao mês de janeiro, também foi abordada a preocupação do Cpers com as condições climáticas. “Não obtivemos uma resposta positiva”, ressaltou.

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A negativa do governo do Estado em adiar o início das aulas fez com que a direção do Cpers entrasse com uma ação no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), que concedeu uma liminar, garantindo o adiamento das aulas. “O adiamento não causará prejuízo ao calendário escolar, que prevê 200 dias letivos, e o tempo perdido será facilmente recuperado”, ressaltou.

Diretora do 18º Núcleo do Cpers Sindicato, Cira Kaufmann

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A diretora também comentou sobre as condições de infraestrutura nas escolas. De acordo com Cira, a maioria não possui ar-condicionado e sequer ventiladores adequados. Ela lamentou a situação, afirmando que a decisão judicial proporciona mais tranquilidade para estudantes e funcionários, que não precisarão enfrentar o calor intenso em salas de aula sem infraestrutura.

Cpers critica reajuste salarial proposto pelo governo

Também durante a entrevista, a diretora do 18º Núcleo do Cpers Sindicato, Cira Kaufmann expressou sua indignação em relação ao reajuste salarial de 6,27% proposto pelo governo estadual para os professores do Rio Grande do Sul. A medida, encaminhada pelo governador Eduardo Leite no início de fevereiro, prevê a reposição do piso nacional do magistério, mas, segundo a professora, não atende adequadamente a toda a categoria.

De acordo com a líder sindical, o reajuste não será concedido aos professores aposentados com paridade, que estão sem reposição desde 2014, nem para aqueles que recebem a “parcela de redutibilidade” referente aos triênios. “O reajuste de 6,27% não incide sobre as vantagens já conquistadas pelos professores, o que configura uma manobra do governo para mascarar o cumprimento do piso nacional”, frisou.

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Cira também criticou a falta de investimentos do governo na educação, destacando que o Rio Grande do Sul deveria destinar 25% de seu orçamento para o setor, conforme a Constituição, no entanto nunca atingiu esse valor. Segundo a professora, a realidade nas escolas é de infraestrutura precária, com reformas demoradas e funcionários terceirizados, o que prejudica a qualidade do ensino.

A categoria segue se mobilizando e organizando caravanas para acompanhar a votação do projeto de lei, marcada para o próximo dia 18. “A luta do sindicato continua firme, visando garantir melhores condições de trabalho e valorização para os professores da rede estadual”, concluiu.

Ouça a entrevista na íntegra:

Colaboraram Lucas Malheiros e Carina Weber

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