Bebê com lesões morre em UPA após parada cardiorrespiratória; padrasto é preso

A Polícia Civil investiga a morte de um bebê de 1 ano que deu entrada na última terça-feira (28) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Maré, com parada cardiorrespiratória e com sinais de trauma cranioencefálico. Segundo a polícia, Arthur Victor dos Santos tinha lesões no corpo.
O padrasto do menino foi preso em flagrante, e a mãe é investigada.
De acordo com a unidade de saúde, ao levar a criança para atendimento, o padrasto, identificado como Sidney da Silva Ferreira, de 20, disse que a criança havia caído da cama e batido a cabeça. Apesar de todos os esforços da equipe médica, a criança não resistiu aos ferimentos.
O corpo foi levado para o Instituto Médico-Legal (IML) do Centro do Rio para perícia. No local, um perito desconfiou — já que o corpo da criança tinha sinais de violência — e acionou a 21ª DP (Bonsucesso). A partir daí, a delegacia começou a investigar o caso como morte suspeita.
Na delegacia, Sidney deu outra versão para o caso. Ele disse que caiu sobre o bebê quando descia uma escada. O celular, segundo ele, quebrou na queda. Entretanto, de acordo com a polícia, Sidney não apresenta nenhuma lesão pelo corpo.
Para a polícia, a criança vinha sofrendo agressões do padrasto.
“Inicialmente, o que chegou na delegacia seria uma remoção desse corpo para a ML, que tinha sinais de violência. Começamos a investigar, e óbvio que a gente não acreditou nessa história, de que a criança havia caído da cama. Até porque, a cama tinha 50 centímetros de altura e não causaria os tipos de lesões que ele tinha pelo corpo. No final da história, o padrasto disse que ele estava descendo a escada com a criança no colo e cai, inclusive cai por cima da criança se machuca e morre ele. Só que ele não tinha nenhum arranhão. O celular que ele falou quebrou não tinha tela quebrada”, conta a delegada Fernanda Caterine Eiras Dias Pina.
Segundo Fernanda, o laudo do IML apontou que a criança havia sido espancada. Ainda de acordo com a delega, a mãe do menino disse que era vítima de violência doméstica do companheiro e desconfiava que os filhos eram agredidos por ele. Por conta disso, a mulher vai responder por omissão.
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