Conheça a história do Opel Kadett, carro de Rubens Paiva em ‘Ainda estou aqui’

O filme “Ainda estou aqui” fez história ao ser indicado em três categorias do Oscar: melhor filme estrangeiro, melhor filme e melhor atriz para Fernanda Torres. Um detalhe, porém, não passou despercebido pelos amantes de carros antigos: o Opel Kadett 1968, de terceira geração, que aparece na cena em que Rubens Paiva é levado pelo exército para o DOI-CODI, onde foi torturado e morto. 

Conhecido também como Kadett B, foi fabricado pela Opel entre 1965 e 1973 e só chegou ao Brasil por meio de importação. A família Paiva teve se fato esse veículo, como contou seu filho, Marcelo Rubens Paiva, no livro que deu origem ao filme. 

O Opel Kadett também teve participação relevante no esclarecimento do crime, já que foi visto por Eunice Paiva no pátio do DOI-CODI. Até então, os militares não admitiam que Rubens havia sido levado ao local. 

A importação de veículos foi proibida no Brasil em 1976, fazendo com que o carro siga sendo raríssimo até hoje. Em anúncio de outubro do ano passado o modelo estava sendo oferecido por R$ 170 mil. 

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O Kadett que ficou consagrado no Brasil mais tarde foi o da sexta geração, e só começou a ser vendido na década de 1980, por meio de uma parceria da Opel com a Chevrolet. Diversos carros da Opel chegaram ao Brasil por meio dessa parceria, como o Astra, o Vectra, o Ômega e o Corsa. A marca pertenceu à General Motors até 2017, quando foi comprada pela PSA-Peugeot e, em 2021, incorporada pela Stellantis.    

Ambientado na década de 1970, diversos carros antigos aparecem no filme, como fuscas, DKWs, Opalas e Dodges.

Cena do Filme ‘Ainda estou aqui’. Foto: Divulgação

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