Estiagem prejudica desenvolvimento das lavouras de verão

A redução nas precipitações no Rio Grande do Sul configura um cenário de estiagem, especialmente no Centro-Oeste do Estado, onde os danos nas lavouras são mais acentuados.

Segundo o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar na última quinta-feira, as áreas mais afetadas são aquelas semeadas no início de novembro, que apresentam floração abaixo do esperado, com queda de folhas e flores. Há perdas significativas de estruturas reprodutivas e potencial decréscimo na produtividade.

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Nas lavouras de soja implantadas em dezembro, a ausência de fechamento das entrelinhas intensifica a perda de umidade do solo, devido à maior exposição ao vento e à radiação solar, além de favorecer a reinfestação de plantas daninhas. Em regiões mais críticas, pelo longo período sem precipitações ou a presença de solos rasos e arenosos, observa-se mortalidade de plantas jovens por enraizamento inadequado, folhas comprometidas e desenvolvimento vegetativo abaixo do esperado.

A condição de estiagem não é uniforme no Estado. Nas lavouras mais a Leste do território, o estresse hídrico diminuiu de forma significativa, aproximando-se de condições climáticas normais.

Especialmente nas regiões mais elevadas do Planalto e nos Campos de Cima da Serra, os volumes de chuva mais regulares têm contribuído para manter o potencial produtivo das lavouras mais próximo do que foi projetado.

O plantio da soja apresentou avanço limitado, ocorrendo em áreas onde os índices pluviométricos proporcionaram aumento significativo da umidade do solo. No entanto, ainda não foi possível atingir a totalidade da área projetada para a safra, cujo plantio é de 99%. No momento, 51% das lavouras estão em germinação e desenvolvimento vegetativo, 34% em floração e 15% em enchimento de grãos.

Situação na região

Na área da regional da Emater de Soledade, que inclui o Vale do Rio Pardo, o estresse hídrico nas lavouras de soja aumentou. Durante as horas mais quentes, as plantas apresentam folhas murchas, mas com recuperação à noite e pela manhã. Esse mecanismo fisiológico visa reduzir a perda de água.

Contudo, em áreas onde há limitações físicas de solo, as perdas são irreversíveis e podem aumentar se não chover. O momento é de definição de produtividade, pois 45% das lavouras estão em florescimento e 10% em enchimento de grãos. Isso torna o restabelecimento da umidade extremamente necessário.

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