Estrela em formação: santa-cruzense Camyla Piel se destaca pelos palcos

Ela tem apenas 22 anos, mas a bagagem que traz consigo é de gente grande. Camyla Piel, cantora, compositora e instrumentista santa-cruzense, há pouco mais de quatro meses apresentou o show de abertura de ninguém menos do que o cantor Luan Santana. O feito ocorreu no dia 18 de outubro, em Santa Maria, para um público de cerca de 10 mil pessoas. A performance durou uma hora e 15 minutos. Camyla cantou acompanhada de músicos conhecidos da região: Edinho Nascimento, na bateria; Mateus Rosa, violão e guitarra; Arthur Trarbach, na gaita; Edson Pereira, baixo; e Danuza Ritzel, no backing vocal.

Camyla conta que foram vários dias de muito ensaio para que eles dessem conta do recado. E deu certo! Apesar da sua preocupação com a receptividade do público, que ainda não a conhecia, ela admite que o show foi especial.

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“Existe uma linha muito tênue entre o público amar ou odiar um show de abertura. As pessoas estão ali para ver o seu ídolo e, às vezes, sem muita paciência para esperar a apresentação principal. Mas o que vi foi um público que parecia já me conhecer, que cantava e interagia comigo. Foi a melhor sensação que já tive na vida. Me senti como se fizesse isso a vida toda e não me senti intimidada pelo público. Isso foi o que mais me deixou espantada nessa experiência. Fiquei muito tranquila”, relembra.

E foi nesse show que Camyla lançou sua primeira música sertaneja, a Não recomendo, que, posteriormente, também foi lançada no Spotify. Plataforma, aliás, que já contava com outras músicas suas.

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Essa, sem dúvida, foi a apresentação mais grandiosa, até aqui, da carreira da Camyla. Porém, um ano antes dessa, ela viveu outra experiência que na época, sem que imaginasse, lhe abriria portas e até transformaria seu gosto musical. Camyla, que até então cantava em bares, cerimônias de casamento e aniversários, foi convidada pela empresa produtora dos shows da Oktoberfest de 2023, em Santa Cruz do Sul, para apresentar uma música ao lado de Maiara e Maraisa.

Sem ter a oportunidade de ensaiar com a dupla, e sem saber que música cantaria, em duas semanas Camyla treinou diversas músicas exaustivamente. Na grande noite, poucos minutos antes do início do show, ela conheceu as cantoras, momento em que combinaram qual seria a música que interpretariam juntas. A escolhida foi Medo Bobo.

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“Foi uma experiência e tanto! Foi muito louco! Cantar para um grande público era uma coisa que eu almejava, só que fui pega muito de surpresa com o convite. Elas e o público me acolheram muito bem”, destaca. Nesse momento específico, Camyla passou a ver a música sertaneja com outros olhos, o que a levou a incluir o estilo em seu repertório.

“Já gostava, só não cantava. No meu repertório tinha MPB, pop, coisas mais tranquilas, mas senti que com a sertaneja poderia soltar mais a minha voz. E gostei muito disso. É uma energia diferente.”

A psicologia como aliada

Cursando o último ano de Psicologia na Unisc, Camyla já uniu as duas áreas em alguns trabalhos. Ela deu aulas de canto na escola Educar-se e de musicalização infantil em duas escolinhas da cidade, além de algumas aulas particulares. Com o desejo de se dedicar mais à música e aos novos projetos que estão surgindo, ela optou por parar com as aulas. Sobre o futuro, pretende seguir cantando cada vez mais, tendo a música como profissão. “A faculdade me fez crescer muito nesse processo de escolha. Acredito que hoje só estou preparada para dizer que quero ser cantora porque fiz Psicologia”.

Estrela em formação

Desde muito cedo, a música e a arte passaram a fazer parte da vida de Camyla. Na escola, ela fazia dança e teatro. Em casa, ao lado da família, aproveitava para exercitar ainda mais os seus dons. “Nas junções de família, nós fazíamos roda de música”, recorda.

Por volta dos 14 anos, Camyla realmente quis aprender a cantar. Por intermédio de uma amiga ,ela conheceu a professora de canto Lívia Luz. “Fazia pouco tempo que tinha perdido o meu pai e as aulas serviram como um alento e, até mesmo, um escape. A música me deu forças.”

Já mais confiante, começou a participar de shows de talentos na escola, ganhando mais familiaridade com o palco. Não demorou para que surgisse a primeira oportunidade de cantar numa cerimônia de casamento. Mas, muito antes de aprimorar o canto, vieram as primeiras aulas de violão, instrumento que toca até hoje.

Bem como a mãe, seu pai foi um grande incentivador. Contudo, quando se apresentava na escola, e depois em casamentos, ela não tocava. Quando começou a cantar em bares, sentiu que a dependência de outra pessoa para acompanhá-la criava uma dificuldade. Por isso, com a ajuda do professor Rafael Sehn, durante mais um ano de aulas, aprimorou seus conhecimentos e adquiriu a confiança de que precisava para tocar o instrumento em público.

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