Sem rede hídrica, moradores dependem de caminhão-pipa no interior de Santa Cruz

Eram 9h20 da manhã de sexta-feira quando um dos caminhões-pipa da Secretaria de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade de Santa Cruz do Sul entrou no terreno da casa de Carla Oliveira, de 41 anos. Moradora de Linha Molz há três anos, a agente comunitária de saúde depende das idas dos caminhões para ter água em casa. Antes, ela morava mais próximo à rua principal de Rio Pardinho, onde possuía rede hídrica.

Quando foi morar na localidade, Carla contava com um poço artesiano nas terras do irmão, que fica logo acima de sua casa. Porém, com o período de seca que ocorreu há dois anos, a família ficou sem opção.
Logo começaram a utilizar a água da chuva, mas sem a possibilidade do consumo direto, optaram pelo caminhão-pipa da Prefeitura. “Compramos a caixa de 5 mil litros e agora recebemos água a cada dez dias, mais ou menos. Utilizamos para tudo”, afirma. 

Carla lembra que a situação era diferente há um ano. A demanda de água pelos moradores era grande, o que dificultava a ida dos caminhões para o local. “Algumas vezes fiquei sem água, porque não vinha. O caminhão estragava com muita frequência também.”

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Com o incômodo, a comunidade de Rio Pardinho se reuniu e pediu providências à Secretaria de Meio Ambiente. Entre as promessas feitas nas reuniões, a construção de uma rede hídrica no local – o que até hoje não aconteceu, diz a moradora.

Quem também se beneficia dos caminhões-pipa é o pai de Carla, Olpidio Oliveira, 73 anos. O aposentado mora ao lado da filha e utiliza a água de sua caixa de água. Nessa sexta-feira, foi a primeira vez que Olpidio recebeu a água em sua residência, em duas caixas de mil litros cada. “O pessoal é bem atencioso, não nos deixa na mão. Mas estamos esperando pela rede hídrica, prometida já há muito tempo”, ressaltou. 

Saiba mais

Além de Carla e Olpidio, outros moradores do interior de Santa Cruz do Sul receberam as entregas de água em suas casas na sexta-feira,17. O transporte foi realizado em Monte Alverne, Rincão dos Oliveiras, Rio Pardinho, Linha Santa Cruz e Cerro Alegre Alto. A Prefeitura informou que, até o momento, cerca de 60 famílias solicitaram água.

Os pedidos de algumas famílias ocorreram em consequência da escassez de chuva nas últimas semanas, mas nesse número estão incluídas aquelas com problemas por falta de acesso à rede hídrica. O transporte é feito por dois caminhões-pipa, um de 8 mil e outro de 4 mil litros. As localidades com maiores deficiências são a parte alta de Rio Pardinho, São Martinho, Linha Vitorino Monteiro e Cerro Alegre Alto.

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