Eleito no último pleito como o vereador mais votado da história de Santa Cruz do Sul, Rodrigo Rabuske deixou a Câmara no início deste ano para assumir um desafio, a convite do novo prefeito Sérgio Moraes (PL): ser o secretário municipal da Saúde. Na manhã desta quinta-feira, 16, ele esteve no programa Estúdio Interativo, da Rádio Gazeta FM 107,9, para falar sobre o que terá pela frente no cargo. A entrevista deu continuidade à série de conversas que a emissora está fazendo com o novo secretariado.
Rabuske considerou o desafio de assumir a saúde pública em Santa Cruz como “a maior responsabilidade que uma pessoa pode ter”. O novo secretário destacou questões que serão lidadas na atual gestão, como as filas de espera do Sistema Único de Saúde (SUS), a manutenção dos serviços, a busca por recursos, a construção de um centro integrado de atendimento e a renovação da frota. Segundo o titular, o plano de governo tem mais de 30 prioridades atribuídas à pasta. Hoje, Santa Cruz conta com 27 Estratégias de Saúde da Família (ESFs), seis Unidades Básicas de Saúde (UBS) e 18 unidades especializadas.
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Em relação às filas do SUS, consideradas como uma pauta emergente no município, Rabuske ressaltou a reunião realizada nesta semana com a secretária estadual, Arita Bergmann, e frisou que um grupo de trabalho foi criado junto ao governo do Estado. “É um tema que urge e a burocracia não pode dificultar o atendimento das pessoas. Nós precisamos atender a todos”, destaca o titular da pasta. Ele relembra que, em 2024, 80 mil pessoas passaram pela saúde de Santa Cruz, vindas de 440 municípios diferentes – ou seja, a cidade atende não só a própria demanda, mas também a da região. Rabuske apontou a possibilidade da realização de um mutirão de cirurgias para reduzir o problema, o que já está sendo levantado junto aos hospitais. “O cenário perfeito era que nós conseguíssemos regular a nossa própria lista, atender a nossa comunidade, ter um aporte maior do Estado para isso também”, pontuou.
O novo secretário da Saúde também levantou uma questão que já havia sido citada pelo titular da Fazenda, Bruno Faller: o déficit de R$ 40 milhões na pasta. Ele ressalta que o novo governo buscará soluções para dar conta da manutenção dos serviços já oferecidos. No entanto, demonstrou preocupação com a situação da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Central, que funciona sem habilitação do Ministério da Saúde – e, no entendimento de Rabuske, não deverá ser regularizada, o que impediria o repasse de recursos federais. “Teremos que arcar unicamente com recursos santa-cruzenses. Então nós temos que tomar ações, temos que ser responsáveis. Nem sempre daremos só notícias positivas, porque se nós não pegarmos firmes as rédeas desse governo, desse orçamento, nós teremos sérios problemas”, diz.
Ouça a entrevista completa com Rodrigo Rabuske:
*Colaboraram Carina Weber e Lucas Malheiros
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