Ameaçadas pela caça ilegal, tartarugas-de-pente ganham suporte de banco de dados genético

Produtos produzidos a partir de animais, apesar de parecerem ultrapassados, ainda existem — e podem ameaçar a existência de algumas espécies, como é o caso da tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata). Isso porque o animal tem sua carapaça usada para a criação de artigos como tigelas, pulseiras e até óculos de luxo.

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Os belos tons de marrom e cor de mel fazem com que, há milhares de anos, as carapaças da tartaruga-de-pente sejam alvo dos humanos para fins comerciais. Egípcios, gregos e romanos já viam o potencial do “casco”. Apesar do comércio da espécie ter sido proibido internacionalmente em 1977, o mercado clandestino, principalmente no Sudeste Asiático, continua sendo uma ameaça ao animal.

Foto: Wirestock / Envato

Criar ações de prevenção à caça da tartaruga-de-pente tem sido um desafio para as autoridades, uma vez que os produtos feitos a partir de suas carapaças são confiscados em países diferentes de onde esses animais são caçados de forma ilegal. E é aí que entra o ShellBank, um tipo de banco de dados de rastreabilidade global de tartarugas marinhas.

Como o ShellBank pode ajudar as tartaruga-de-pente

Criado em 2022 pela World Wide Fund for Nature (WWF), o ShellBank visa usar a análise genética para rastrear produtos de tartarugas marinhas até seus pontos de origem.

Foto: Divingbali / Envato

Para isso, amostras de tecido de tartarugas marinhas — viventes ou de cascos apreendidos — são coletadas em várias partes do mundo e entram em um banco de dados. São justamente essas informações genéticas que ajudam a identificar a origem geográfica das tartarugas apreendidas no comércio ilegal.

 

Até agora, o banco de dados contém cerca de 13 mil registros tanto de tartarugas-de-pente, quanto de tartarugas marinhas verdes – sendo que a expectativa é de que mais espécies se juntem à lista.

Foto: Imagesourcecurated / Envato

De acordo com Christine Madden, diretora e cofundadora do ShellBank, espera-se que os resultados de políticas e conservação aumentem dentro de um ou dois anos. Esse período será crucial para as tartarugas-de-pente que, além de sofrerem com a caça ilegal, veem seus corais cada vez mais ameaçados pelas mudanças climáticas.

 

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