Produção de motos no Brasil alcança maior volume em anos

A produção de motocicletas no Brasil alcançou 1.748.317 unidades em 2024, representando um crescimento de 11,1% em comparação ao ano anterior. Este volume marca o melhor desempenho do setor nos últimos 14 anos, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).

Pontos Principais:

  • Produção de 1.748.317 motocicletas em 2024, crescimento de 11,1%.
  • Vendas no varejo somaram 1.876.427 unidades, alta de 18,6%.
  • Exportações caíram 5,9%, totalizando 30.986 unidades embarcadas.
  • Projeções para 2025 indicam aumento de 7,5% na produção.

Apesar de desafios enfrentados pela indústria, como a estiagem que afetou o país, as montadoras conseguiram manter a regularidade nas linhas de produção. A estratégia das empresas no planejamento industrial foi essencial para o desempenho positivo, mesmo em um cenário econômico instável.

Fábrica da Bajaj em Manaus (AM) - Foto: Divulgação
Fábrica da Bajaj em Manaus (AM) – Foto: Divulgação

No varejo, foram comercializadas 1.876.427 motocicletas em 2024, o que representa um aumento de 18,6% em relação ao ano anterior. Este resultado é o melhor registrado desde 2011.

Resultados em dezembro de 2024

O mês de dezembro de 2024 encerrou com 123.944 motocicletas saindo das linhas de montagem, 5% a mais do que no mesmo período de 2023. Entretanto, houve uma queda de 15,1% em comparação ao mês de novembro. Este foi o melhor desempenho para um mês de dezembro desde 2008.

Os emplacamentos em dezembro atingiram 151.948 unidades, registrando um aumento de 14,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Na comparação com novembro, houve um crescimento de 3,3%.

Quanto às exportações, dezembro apresentou um desempenho positivo com 2.518 motocicletas embarcadas, representando um crescimento de 135,5% em relação ao mesmo mês de 2023. Em relação a novembro, a alta foi de 53,5%.

Projeções para 2025

Para 2025, a Abraciclo projeta que a produção de motocicletas atinja 1.880.000 unidades, um crescimento de 7,5% em comparação ao ano anterior. A expectativa é que as vendas no varejo alcancem 2.020.000 unidades, o que representa um aumento de 7,7% em relação a 2024.

As exportações também têm projeção de crescimento, com estimativa de 35 mil motocicletas embarcadas, 13% a mais do que o volume registrado no ano anterior. O setor prevê uma manutenção da alta demanda devido ao custo acessível, baixo custo de manutenção e a eficiência do veículo nos deslocamentos.

Categorias de motocicletas produzidas em 2024

A produção de motocicletas em 2024 foi diversificada entre várias categorias. Veja os números detalhados abaixo:

  • Street: 855.240 unidades (48,9%)
  • Trail: 344.751 unidades (19,7%)
  • Motoneta ou CUB: 267.798 unidades (15,3%)
  • Scooter: 155.612 unidades (8,9%)
  • Naked: 42.822 unidades (2,4%)
  • Off-Road: 30.848 unidades (1,8%)
  • Big Trail: 28.222 unidades (1,6%)
  • Sport: 14.026 unidades (0,8%)
  • Custom: 8.001 unidades (0,5%)
  • Touring: 997 unidades (0,1%)

Motocicletas de baixa cilindrada, até 160 cilindradas, representaram mais de 1,3 milhão de unidades, com crescimento de 7,8%. As de média cilindrada, entre 161 e 449 cilindradas, cresceram 25,9%, enquanto as de alta cilindrada registraram aumento de 17,7% em relação ao ano anterior.

Exportações e desafios no mercado externo

As exportações de motocicletas brasileiras alcançaram 30.986 unidades em 2024, uma redução de 5,9% em comparação a 2023. Segundo a Abraciclo, a redução deve-se a fatores como barreiras regulatórias em mercados vizinhos e a preferência por produtos asiáticos de qualidade inferior.

Os desafios incluem a alta qualidade das motocicletas brasileiras, que seguem legislações rigorosas alinhadas aos padrões europeus. Isso contrasta com mercados na América do Sul, onde produtos com carburadores ainda são comuns. Essa diferença tecnológica limita a competitividade das motocicletas brasileiras nesses mercados.

Motos elétricas e tendências

O mercado de motocicletas elétricas no Brasil permanece limitado devido à falta de infraestrutura para carregamento e à ampla utilização de etanol, que compõe a matriz energética nacional. Em 2024, 65,3% das motocicletas produzidas eram flex, enquanto 34,7% eram movidas apenas a gasolina.

A indústria acredita que a viabilidade do etanol como combustível alternativo é um fator que reduz o interesse por motocicletas elétricas no Brasil.

Fonte: AgenciaBrasil, G1 e UOL.

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