Só em 2025, pelo menos 10 estufas de fumo incendiaram na região

Pelo menos 10 ocorrências de incêndios em estufas de secagem de tabaco foram atendidas pelos bombeiros nos primeiros 14 dias de 2025, na região.

Itaiópolis lidera a lista, com quatro casos, seguido por Mafra, onde duas estufas incendiaram, conforme informações dos Bombeiros Voluntários e do Corpo de Bombeiros Militar.

No primeiro dia do ano, uma estufa com 2,8 toneladas de tabaco incendiou na localidade de Rio Vermelho II, em Itaiópolis. Foram necessários 10 mil litros de água para extinção do fogo.

No dia 5, uma um incêndio atingiu uma estufa de fumo na localidade de Xavier da Silva, também em Itaiópolis. Após a utilização de cerca de 500 litros de água, foi possível a extinção total das chamas e brasas.

No dia seguinte (6), uma estufa com 500 quilos de fumo foi consumida pelo fogo na localidade de São Pedro, Itaiópolis. A ação dos Bombeiros Voluntários utilizou cerca de 5 mil litros de água.

Também em Itaiópolis, novamente na localidade de Rio Vermelho II, outra estufa carregada com uma tonelada de tabaco foi atingida por um incêndio. O trabalho de extinção das chamas utilizou 2 mil litros de água.

Já no dia 10, na localidade de Butiá do Braz, em Mafra, uma estufa de 36 metros quadrados foi atingida por um incêndio. Foram necessários 5 mil litros de água para extinção total do fogo.

Em Major Vieira, no dia 12, um incêndio atingiu uma estufa na localidade de Rio Butiá, onde secavam aproximadamente 400 quilos de fumo. Cerca de mil litros de água foram gastos na operação, que preservou uma área anexa de 200 metros quadrados.

Ainda, na região o Corpo de Bombeiros informou duas ocorrências semelhantes em Campo Alegre e em Irineópolis.

Cuidados necessários

Ao Riomafra Mix, o comandante da corporação dos Bombeiros Voluntários de Itaiópolis, Anderson Oparacz, destacou cuidados necessários no período de secagem do tabaco.

Segundo Anderson, é importante revisar todos os equipamentos da estufa, especialmente fornalha e dutos. “Atenção também deve ser dada a parte elétrica, tanto dos aparelhos controladores de temperatura, como da edificação em geral, sendo que o ideal é que para cada unidade secadora exista um padrão em separado, ou ao menos um disjuntor independente”, pontuou.

Outra orientação do comandante é quanto a temperatura, que não deve ser excedida. “O superaquecimento pode ocasionar o início de um incêndio. Interessante, também seria, se cada propriedade possuísse uma reserva técnica de água com bomba exclusiva para este fim, pois ajudaria o produtor a minimizar os danos em uma situação dessas, já que a evolução do fogo acontece de forma rápida, não havendo, muitas vezes, o tempo necessário para que os bombeiros possam se deslocar e combater o incêndio ainda na fase inicial”, concluiu.

Com informações dos Bombeiros Voluntários de Itaiópolis e do Corpo de Bombeiros.